Aquela sensação de que a comida “não caiu bem” — o estômago pesado, o inchaço e a queimação persistente — pode ser mais do que um simples mal-estar passageiro. Conhecida como síndrome dispéptica, ou má digestão, essa condição é muito mais comum do que se imagina e pode afetar significativamente a qualidade de vida.

Os sintomas podem variar de leves à bastante incômodos, interferindo no dia a dia e até na alimentação”, explica o Dr. Ernesto Alarcon, cirurgião geral com especialização em videolaparoscopia.

Entre os sinais mais frequentes estão:

– Ardor ou queimação na parte superior do abdômen;

– Náuseas e sensação de enjoo após as refeições;

– Arrotos frequentes e sensação de estômago cheio com pouca comida;

– Inchaço abdominal, dor após comer e, em casos mais graves, perda de apetite e de peso.

O que está por trás da má digestão

As causas da síndrome dispéptica são diversas — e nem sempre relacionadas apenas à alimentação.

Além de hábitos alimentares inadequados, há outros fatores que podem desencadear o problema, como o uso de certos medicamentos, a presença de bactérias e até o estresse emocional”, destaca o Dr. Alarcon.

Entre os principais gatilhos estão:

– Infecção por Helicobacter pylori (H. pylori);

– Refluxo gastroesofágico;

– Infecções intestinais e uso prolongado de anti-inflamatórios;

– Sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de álcool;

– Ansiedade e estresse, que impactam diretamente a digestão.

– Tratamento e Prevenção: O Caminho Para o Alívio

O tratamento da má digestão deve ser individualizado e orientado por um médico. “O primeiro passo é identificar a causa. A partir daí, ajustamos a alimentação, tratamos possíveis infecções e orientamos mudanças no estilo de vida”, explica o especialista.

Entre as principais recomendações estão:

– Reduzir alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas;

– Tratar o H. pylori, se presente;

– Evitar o cigarro e incluir atividade física regular;

– Em alguns casos, usar medicamentos como antiácidos e protetores gástricos sob orientação médica.

O mais importante é não ignorar os sinais. Sintomas persistentes exigem avaliação profissional para evitar complicações e garantir um tratamento eficaz”, conclui o Dr. Ernesto Alarcon.

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