De acordo com o Inca, são esperados 59.700 novos casos de câncer de mama para este ano e o tratamento tardio pode dificultar a cura.

Mais comum entre as mulheres, o câncer de mama responde por cerca de 30% dos tumores registrados a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Apesar da pouca divulgação, o tipo também afeta os homens, representando apenas 1% do total de diagnósticos. Ainda segundo o Inca, são esperados 59.700 novos casos neste ano.

O médico oncologista Márcio Almeida, ressalta que a principal arma contra a doença é o diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo, maiores as chances de cura, a sobrevida e a qualidade de vida do paciente, além de mais favoráveis à relação efetividade/custo”.

O objetivo é a detecção de lesões pré-cancerígenas ou do câncer quando ainda localizado no órgão de origem, sem invasão de tecidos vizinhos ou outras estruturas. Ele destaca que a principal diferença, em relação à descoberta tardia, é o tratamento.

Quando descoberto no início, o tratamento pode ser mais brando, apenas cirúrgico, sem a necessidade de sessões de quimio e radioterapia, além de o paciente ter chance de conseguir controlar a doença, com maior chance de cura.

“Já no diagnóstico tardio, pode ser necessário cirurgias maiores, mutilantes, com necessidade de quimioterapia mais intensa e tóxica e radioterapias, podendo gerar mais sequelas, sofrimentos e pior qualidade de vida, ou até nem adiantar mais a cirurgia, pois a doença já não oferece mais a chance de cura, apenas de controle”.

Como a mulher pode saber se tem câncer de mama?

A principal forma para se descobrir a doença é a prevenção e a busca constante por informação. “A mulher se informando dos riscos que ela corre sobre os principais cânceres na mulher, associado à consulta medica com especialistas, além do acesso e realização de exames para rastreamento e diagnóstico precoce”.

Autoexame

Para fazer o autoexame da mama é preciso seguir três passos: se observar em frente ao espelho, palpar a mama em pé e repetir a palpação deitada. Esse exame deve ser feito uma vez por mês, todos os meses, três a cinco dias após a menstruação ou em uma data fixa, para mulheres que não menstruam.


Dr. Márcio Almeida é médico oncologista da Aliança Instituto de Oncologia.

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