Reconhecida e oficializada na década de 1970 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Mulher é uma data para celebrar a igualdade de direitos, o combate à violência doméstica, e uma oportunidade para acentuar e amplificar os debates relacionados ao universo feminino  que devem ser debatidos durante todo o ano. 

Para explicar como a data surgiu, todos os anos conta-se a história que o Dia Internacional da Mulher é uma homenagem a 129 operárias norte-americanas que morreram carbonizadas em uma fábrica têxtil, em março de 1911. No entanto, outras hipóteses antes do acontecimento, sobre como a data teria sido estabelecida também são consideradas. 

Diversas organizações femininas que surgiram de movimentos operários, protestavam reivindicando as longas jornadas de trabalho e baixos salários impostos pela Revolução Industrial, por vários países da Europa e Estados Unidos desde o fim do século XIX. 

1908

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em 1908 nos Estados Unidos, onde cerca de 1500 mulheres realizaram uma manifestação em busca da igualdade política econômica no país. 

Em 1909, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data em 28 de fevereiro durante um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas em Nova York. Em novembro daquele mesmo ano, uma longa greve têxtil fechou quase 500 fábricas no país. 

1910

Durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, Clara Zetkin propôs que as trabalhadoras de todos os países organizassem uma data especial para todas as mulheres, com o objetivo de promover o voto feminino. Na ocasião, uma resolução para definir a data foi aprovada por mais de 100 representantes de 17 países. 

1911

No dia 25 de março, um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York,  matou 146 trabalhadores, destes, 125 eram mulheres, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, entre 13 e 23 anos. Com isso, a luta das mulheres operárias estadunidenses, coordenada pelo sindicato International Ladies’ Garment Workers Union (União Internacional de Mulheres da Indústria Têxtil), cresceu muito em busca de melhores condições de trabalho. 

1917

Mulheres no movimento de “Pão e paz”. (Foto: Reprodução)

Em 8 de março de 1917 no calendário ocidental, e 23 de fevereiro no calendário russo, mulheres tecelãs e familiares de soldados que estavam no exército foram às ruas de Petrogrado, São Petersburgo atualmente.

Aproximadamente 90 mil operárias se posicionaram contra o Czar Nicolau II, devido às más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra, durante um protesto que ficou conhecido como “Pão e Paz”. A data foi consagrada neste ano, mas só foi oficializada como Dia Internacional da Mulher em 1921.

Brasil

Os movimentos em busca dos direitos das mulheres aqui no Brasil, surgiram no início do século 20 com grupos anarquistas, que assim como em outros países, lutavam em prol de melhores condições de trabalho. 

A causa ganhou força com o movimento das sufragistas, ocorrido nas décadas de 20 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas.

Na década de 80, o feminismo passou a ser mais vigente e mantinha uma comunicação com o Estado, através da criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e também com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher, em 1985.

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