IST é o nome dado para infecções sexualmente transmissíveis, cujos sintomas variam de acordo com o a doença apresentada. O termo, antes denominado DST (doença sexualmente transmissível), passou a ser adotado pois destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo não apresentando sintomas. Em geral, os sintomas incluem feridas na região genital, corrimento ou coceira. Na presença de algum desses sinais, é importante buscar o diagnóstico com um especialista e iniciar o tratamento adequado. Porém, quais os riscos dessas doenças durante a gestação?
 

Ao surgirem ISTs antes ou durante a gravidez, a saúde da mãe e do bebê podem ser afetadas, trazendo não apenas complicações no parto, como o nascimento prematuro, aborto, baixo peso ao nascer e atraso no desenvolvimento. Outra grande questão, para o público feminino, é a pertinência ou não que uma mulher com DST engravide. A infectologista Dra. Andreia Maruzo Perejão afirma que são necessários exames e consultas para a investigação de doenças: “A mulher que planeja filhos deve verificar se apresenta alguma IST para tratá-la antes de engravidar. Caso isso não aconteça, o acompanhamento pré-natal é de extrema importância, pois são realizados exames e as doenças identificadas poderão ser tratadas”.
 

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021 pelo Ministério da Saúde e IBGE, apontou que cerca de 1 milhão de pessoas afirmaram ter tido diagnóstico médico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ao longo de 12 meses, o que corresponde a 0,6% da população brasileira com 18 anos ou mais. Entre as principais ISTs que podem ser transmitidas a um feto, a infectologista destaca a hepatite B, a sífilis e o HIV. “Após o parto, o bebê será observado durante determinado período para identificar se adquiriu ou não o microorganismo da mãe. Além disso, outras medidas de prevenção após o nascimento de uma criança de mãe com hepatite B incluem vacina e imunoglobulina. No caso de HIV, antirretrovirais são administrados no bebê. Atualmente, devido às medidas de prevenção, é pouco comum que aconteça a transmissão, mas, se constatada a infecção, a criança poderá ou não desenvolver doenças”, esclarece a especialista.
 

Como evitar ISTs durante a gravidez

A camisinha segue sendo a melhor forma de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis. Muitos médicos têm recomendado o uso do preservativo também durante a gravidez para evitar a contaminação pelo zika vírus, pois há relatos de transmissão da doença por via sexual.
 

É importante que a paciente seja sincera durante o acompanhamento médico e obstétrico e não se constranja ao tratar de tópicos como esses, pois os riscos existem, mas podem ser evitados. “Quanto antes você iniciar o tratamento, menores serão os riscos de complicações e mais protegido fica o seu filho”, finaliza Dra. Maruzo.

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