A tricotilomania é uma desordem comportamental ou transtorno compulsivo crônico que leva o paciente a impulsos incontroláveis de arrancar pelos, fios e tufos de cabelo. Cerca de 2% da população tem essa condição, sendo que 90% dos pacientes são mulheres.

O tricologista e especialista em terapia capilar, Tharik Bonomo, explica que, para algumas pessoas, o ato de puxar e arrancar os próprios pelos é sem plena consciência, automático. E para outros a atividade é consciente, porém incontrolável.

A necessidade constante de arrancar os fios de cabelo pode evoluir para mexas inteiras. Os fios do couro cabeludo, comumente são o alvo principal, mas alguns casos o paciente arranca também, pelos da barba, sobrancelhas, cílios e em casos mais graves e menos comuns, chegam a ser arrancados pelos do tórax, pernas e braços.

Não existe uma causa específica para a tricotilomania e estudos entendem que esse é um transtorno psiquiátrico que pode englobar diferentes fatores, que vão desde a parte genética e hereditária do paciente até outros componentes neurobiológicos ou comportamentais.

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É importante ressaltar, no entanto, que a tricotilomania pode estar associada a outras condições psíquicas, como distúrbios emocionais, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), depressão, altas cargas de estresse, transtornos de controle do impulso e transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

“Muitos pacientes não procuram tratar esse problema, pelo fato de sentirem vergonha e constrangimento por possuírem essa condição comportamental, dessa forma evitam buscar ajuda especializada.” alerta Tharik Bonomo.

Existem tratamentos para esse transtorno, o tratamento é multidisciplinar envolvendo profissionais de variadas áreas, como, por exemplo, tricologista, psicólogos, psiquiatras, clínicos.

“Caso você apresente falhas capilares e áreas extensas de alopecia provocada pelo trauma, o tricologista pode te auxiliar com tratamentos diversos para recuperar os fios nas áreas afetadas, podendo ser com vitaminas injetáveis, laserterapia capilar, entre outros. É importante que o paciente perca o receio e procure por auxílio. Não tenha medo de buscar apoio para te ajudar a passar por essa condição.” finaliza Tharik Bonomo.

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