O movimento gluten-free (sem glúten) tem conquistado cada vez mais seguidores, influenciados por celebridades e informações nem sempre confiáveis. Para esclarecer os benefícios e desvantagens do consumo dessa polêmica proteína, que vem se destacando ultimamente, o VigilantesdoPeso, programa líder em emagrecimento saudável e sustentável, reuniu informações médicas e nutricionais valiosas para aqueles que estão em dúvida sobre aderir ou não a essa dieta.

Antes de tomar qualquer decisão, é fundamental entender o que é o glúten. Presente em cereais como trigo, centeio e cevada, essa proteína vegetal é composta por duas frações principais: gliadina e glutenina. Ele desempenha um papel importante na estrutura e elasticidade dos alimentos, conferindo-lhes consistência firme e macia. E, embora pareça inofensivo, para algumas pessoas, seu consumo pode causar problemas de saúde.

Um exemplo disso é a doença celíaca, um distúrbio autoimune no qual o sistema imunológico reage ao glúten, danificando o revestimento do intestino delgado e afetando a absorção de nutrientes. De acordo com dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, 1% da população mundial é celíaca. Já as estimativas da Fenacelbra (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil) apontam que até dois milhões de brasileiros são celíacos. Para aqueles que sofrem dessa doença, uma dieta sem glúten é essencial para evitar sintomas como diarreia, dor abdominal, erupções na pele, dor de cabeça, fadiga e, até mesmo, problemas de crescimento em crianças.

Além da doença celíaca, existe também a sensibilidade ao glúten não celíaca, quando as pessoas apresentam sintomas semelhantes aos da doença celíaca, mas sem danos ao intestino delgado. Em ambos os casos, é essencial evitar o consumo de alimentos que contenham esta proteína e buscar alternativas adequadas às suas necessidades alimentares, a fim de promover uma melhor absorção de nutrientes, reduzindo a perda de peso e o risco de deficiências nutricionais.

Cortar o glúten ajuda mesmo no processo de emagrecimento?

Para aqueles que não possuem nenhum tipo de doença relacionada à ingestão de glúten, mas desejam aderir à dieta glúten-free, uma dieta rica em grãos integrais, frutas, legumes e verduras é a melhor opção. Alimentos como cereais, farinhas de arroz, mandioca, milho, fubá, fécula de batata e de mandioca, polvilho doce e azedo podem ser usados como alternativas para diversificar o cardápio e evitar o consumo dessa proteína. O mais importante é realizar uma reeducação alimentar adequada, sem impor restrições extremas.

“Se o objetivo é reduzir o consumo de alimentos industrializados cheios de farinha e incluir mais frutas, legumes e verduras em sua dieta diária, é provável que você se sinta melhor. Agora, se você simplesmente deseja substituir massas, pães e bolos tradicionais por versões sem glúten, é improvável que observe grandes diferenças na balança. Na verdade, é preciso ficar atento, pois com essa mudança pode ser que esteja consumindo mais calorias do que antes. Para garantir uma alimentação saudável e balanceada, uma boa dica é buscar ajuda especializada”, revela Matheus Motta, nutricionista responsável pelo VigilantesdoPeso no Brasil.

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