Ser superdotado não é tão incomum como muitos imaginam. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem altas habilidades. No Brasil, isso corresponde a aproximadamente 3,4 milhões de crianças, mas, de acordo com o Censo Escolar de 2020, apenas 24 mil estudantes são identificadas.
Esta realidade abre debate sobre quantas crianças vivem sem saber que são superdotadas e até que ponto as instituições de ensino estão preparadas para receber essas pessoas e para dar a atenção necessária ao seu desenvolvimento. Um dos nomes que levanta a discussão no Brasil é Claudia Tozzini Barretto, autora do livro Ele é superdotado, e daí?.
Mãe de um filho com altas habilidades e identificação tardia, ela auxilia pais, professores e familiares a entenderem melhor a condição. Por meio de extensas pesquisas na área, aponta algumas das várias características que uma pessoa com altas habilidades pode apresentar:
- Aptidão acadêmica específica: alta concentração, rapidez de aprendizagem, boa memória e motivação por disciplinas acadêmicas do seu interesse, além da capacidade de produção acadêmica;
- Pensamento produtivo ou criativo: originalidade de pensamento, imaginação, capacidade de resolver problemas de forma diferente e inovadora;
- Talento especial para artes: alto desempenho em artes plásticas, musicais, dramáticas, literárias ou cênicas;
- Capacidade psicomotora: desempenho superior em velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora.