A fobia social, também conhecida como transtorno de ansiedade social, é uma condição psicológica caracterizada por um medo intenso e persistente de situações sociais ou de desempenho. O indivíduo teme ser julgado, rejeitado, criticado ou envergonhado pelos outros. Essa patologia é mais que uma simples timidez ou nervosismo em situações sociais normais, ela é uma condição mental que pode impactar significativamente a vida das pessoas. 

Alguns estudos apontam que, na maioria das vezes, a fobia social está associada a algum trauma psicológico, como bullying ou rejeição, desenvolvendo no indivíduo um conjunto de sensações emocionais e físicas. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas, geralmente, são sentimentos de medo ou ansiedade intensa antes, durante ou após situações sociais, sensação de estar constantemente sendo observado e julgado pelos outros e tendência a evitar situações sociais no geral. Além disso, sintomas físicos, como tremores, sudorese, palpitações, náuseas, dificuldade para respirar e rubor facial, também são comuns. 

Segundo Cleyson Monteiro, professor do curso de Psicologia, esse transtorno pode, a longo prazo, impactar de diversas formas a vida daqueles que o possuem. “A maioria dos indivíduos tem pensamentos disfuncionais. Eles ocorrem quando a pessoa acredita que nada na sua vida dá certo e que os outros sempre vão julgá-la de forma errada. Por conta disso, ela é totalmente impactada na dinâmica relacional da vida, não evoluindo pessoalmente, profissionalmente e financeiramente, pois a fobia social a deixa imobilizada a ponto de não conseguir se desenvolver de jeito nenhum com a sociedade, gerando um quadro de letargia, no qual vive em uma bolha. Isso provoca quadros de tristeza, melancolia, decepção, frustração, procrastinação, entre outros sentimentos negativos”. 

Em relação aos tratamentos, o primeiro passo é procurar profissionais habilitados, de preferência psicoterapeutas especializados na área, em conjunto com bons psiquiatras. Dessa forma, o tratamento será feito de forma conciliadora. A intervenção medicamentosa será de responsabilidade do psiquiatra e o psicoterapeuta irá atuar no trabalho de reversão do quadro de fobia social, buscando reinserir o paciente nas situações de interações sociais.  

“Um exemplo de tratamento que podemos considerar é o humanizado, pois ele traz nas pessoas a capacidade de integração e interação com a sociedade de uma forma sensibilizada, respeitando as crenças limitantes que normalmente impedem o indivíduo de interagir socialmente. O protocolo terapêutico psicológico é fundamental nesse processo de intervenção e gera no paciente a capacidade de lidar com uma nova forma de encarar a vida”, conclui o psicólogo.

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