A felicidade é um estado de espírito que todos buscam, mas muitas vezes não sabem como alcançá-la. Pensando nisso, Shana Wajntraub, psicóloga especialista em neurociência e mestre em comunicação, explora o que é felicidade e como podemos construí-la em nossas vidas.

Ao contrário do que muitos pensam, a felicidade não é um destino a ser alcançado, mas sim uma jornada a ser apreciada. A neurociência acredita que a felicidade é um estado físico, resultado da ativação de neurotransmissores específicos no corpo humano, conhecidos como “Quarteto da Felicidade”: endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina.

Shana Wajntraub cita dicas práticas da neurociência para alcançar a felicidade:

Criar conexões sociais de qualidade;

Ter boas noites de sono;

Fazer breves meditações diárias;

Ao tomar uma decisão, descartar todas as outras opções restantes;

Empenhar-se em atividades que tragam satisfação e realização;

Buscar significado e propósito de vida.

Um estudo longitudinal de 75 anos sobre felicidade mostrou que a quantidade total de tempo gasto trabalhando não cria felicidade e que a trajetória da felicidade ao longo da vida é uma curva em forma de U. As pessoas na casa dos 20 anos tendem a ser mais felizes até que as responsabilidades cheguem aos 30, 40 e 50 anos; a felicidade se repete novamente nos seus 60 e 70 anos quando as demandas diminuem. Pessoas com 25 anos ou mais tendem a ser menos felizes por pensarem que a realização de suas vidas é distante comparada aos colegas ou por acharem que o que realizam em relação à idade é pouco.

O discurso de “está tudo bem apesar de tudo” é acompanhado sucintamente por uma falsa noção de espiritualidade que muitas vezes, além de invalidar nossa experiência de vida real, humana e imperfeita, estimula a comparação com a experiência de vida apresentada por outras pessoas – e obviamente, essa comparação não é saudável.

“Precisamos entender que a positividade é um estado emocional que oscila entre outros estados e que isso é perfeitamente normal. O sofrimento emocional não deve ser um tabu, e palavras positivas não dão conta de resolver essa questão. Em alguns casos, a ajuda profissional é bem-vinda, assim como a dos amigos e familiares. Mas o mais importante é estar atento para não cair nessa cilada, não se cobrar de estar sempre bem e tentar reconhecer e se afinar com nossos sentimentos negativos”, finaliza Shana Wajntraub.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *