A realidade vivenciada por mulheres ao se tornarem mães.

A importância da figura feminina, bem como a relevância do empoderamento feminino e das lutas femininas para a realidade presente, onde a Mulher tem voz e espaço para a demonstração de ideais. A Mulher é a representação da força e da sensibilidade, é capaz de cumprir inúmeros papéis, seja de companheira, amiga, namorada, esposa, profissional ou mãe, e é este último papel que queremos destacar.

Ser mãe, é muito mais do que ser mulher, é ser uma super mulher, com poderes especiais e únicos, capazes de transformar a vida de todos ao redor, porém esta super função, caso não exercida conscientemente e de forma natural, pode impactar de maneira negativa a vida da mulher, gerando conflitos familiares e principalmente pessoais.

A psicóloga infantil e familiar, Dra. Carol Braga esclarece as principais questões voltadas para este cenário.

“O principal conflito vivenciado pelas mulheres ao se tornarem mães, é a tendência ao perfeccionismo em tudo o que fazem, seja na relação com os filhos, parceiros, na vida profissional e social. É muito comum que deslizes cometidos não sejam aceitos por elas, o que gera um enorme sentimento de culpa. Infelizmente, essa mulher ideal e perfeita é fruto do imaginário feminino e foi criada desde que éramos pequenas e brincávamos com bonecas. Faz parte da nossa herança, de um modelo familiar e sociocultural”.

A consciência de que nem tudo é perfeito e que errar é humano deve existir na cabeça de toda mulher, caso contrário, podem ser desencadeados transtornos psicológicos. Tudo em excesso faz mal, inclusive o perfeccionismo e a cobrança pessoal. O ideal é que tudo tenha limite e naturalidade, quando aceitamos nossa realidade e fazemos o possível, as coisas tendem a ser mais leves, e cumprir as inúmeras funções torna-se algo prazeroso.

“Os limites devem existir em qualquer circunstância da vida, sem isso, algumas situações podem tomar proporções maiores e impactar de forma negativa a saúde e o bem-estar das pessoas, digo isso incluindo os limites do perfeccionismo. O perfeito não existe, o que cabe a cada um, é exercer suas funções dentro do possível. A aceitação e reconhecimento de erros são necessários, porém sem a martirização”.

É primordial que a mulher tenha sempre um tempo reservado para cuidar de si mesma “O amor próprio não é egoísmo e sim um ato de valorização pessoal, quando você se ama o amor é disseminado para todos ao seu redor”.

Lembre-se: uma mulher feliz é uma mãe feliz, uma esposa feliz, uma companheira feliz.


Dra. Carol Braga é Psicóloga Infantil e Familiar. Tem amplo conhecimento na área pedagógica, pois durante sua jornada profissional foi proprietária de uma escola infantil. Sua principal especialidade é a implantação de rotinas no ambiente familiar, lidando com crianças e ensinando aos pais o papel da disciplina com amor e limites, desde o nascimento do bebê, acompanhando sempre o desenvolvimento cognitivo e comportamental das crianças.

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