Cólicas, distensão abdominais (inchaço na barriga), náuseas, alterações no apetite e esforço ao evacuar, são alguns dos principais sintomas da prisão de ventre. Muitas pessoas sofrem com essa condição que, comumente, pode surgir desde questões de saúde como bloqueios no cólon (maior parte do intestino grosso) ou reto, até questões de origem hormonal. No entanto, outros fatores também podem desencadear esse quadro como é o caso da baixa ingestão de água, de fibras, sedentarismo, estresse, interrupções na dieta regular ou rotina, entre outros. Podendo ser temporal ou crônica, ela é capaz de acometer desde bebês – geralmente, a partir de 1 ano vida – até pessoas idosas. Mulheres grávidas também podem ser afetadas pela constipação intestinal.
 

A alimentação é fundamental para combater esse quadro, aliada a mudanças de hábito e estilo de vida. Pessoas que sofrem com a síndrome do intestino preso devem dar preferência aos alimentos ricos em fibras porque eles auxiliam no peristaltismo intestinal, ou seja, na formação e transporte do bolo fecal facilitando a passagem das fezes pelo intestino. De acordo com a professora do curso de Nutrição, Jussara Maria, é importante que o indivíduo que possui esta condição passe a introduzir de forma rotineira esses alimentos no seu cardápio.

“O consumo das fibras é importante não só para a prevenção da prisão de ventre, mas como para a saúde humana no geral. Comer mais frutas e vegetais, incluindo as cascas pois nelas encontramos maior concentração de fibras, feijão e lentilha, optar por sementes de linhaça e chia que podem ser combinadas com vários outros alimentos como o iogurte são algumas estratégias que vão auxiliar este processo. Mesmo com a correria do dia a dia, a atenção com a alimentação é imprescindível para a manutenção da saúde e qualidade de vida”, orienta.
 

Ainda de acordo com a nutricionista além das frutas, também são ótimas opções de lanches os cereais integrais, frutas secas , pudim de chia, torta de maçã, creme de abóbora e pães integrais. “Os pães integrais podem ser consumidos com ricota, sendo uma boa alternativa para o lanche ou café da manhã. Iogurtes e vitaminas contendo granola, sementes e cerais, ou as panqueca de aveia, também podem fazer parte dessa refeição. Já no almoço ou jantar, é indicado inserir vegetais como acelga, couve e espinafre, para consumo livre, feijão e arroz (de preferência integral). Em relação as carnes, a orientação é que não sejam processadas. As pessoas podem optar também por peixes ou frango”, sugere.
 

A ingestão adequada de água é outro fator que impacta diretamente no funcionamento regular do intestino, uma vez que as toxinas não absorvidas pelo organismo são eliminadas, e aliada ao consumo das fibras, auxilia na saúde e trânsito intestinal. “É importante alertar que apenas o consumo de fibras não é o suficiente para reverter um quadro de intestino preso, o aumento das fibras sem consumo regular de água ocasiona na paralisação delas no intestino e isso causa o efeito contrário do esperado, além de aumentar a produção dos gases. O consumo de água varia de pessoa para pessoa, deve-se ingerir 35ml de água por kg de peso”, adverte.
 

Para quem sofre com essa doença, o indicado é buscar auxílio de um médico para receber as devidas orientações e tratamento pois algumas enfermidades podem estar associadas como é o caso da diverticulite, hemorroidas, câncer colorretal e fissuras anais. A procura por um nutricionista também é essencial porque ele contribui diretamente com o tratamento da doença, e muitas vezes, o paciente consegue bons resultados com a própria mudança da alimentação sem precisar recorrer a medicamentos ou laxantes.

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