A importância da campanha “Setembro Amarelo” se justifica pelo fato do Brasil ser o país mais ansioso do mundo, de acordo com a OMS. O estado de angústia constante, no qual muitos brasileiros se encontram, afeta funções físicas do corpo, como a respiração. Segundo o professor de yoga, Victor Mazzoli, a respiração fica desregulada, pois assim como as atividades da mente influenciam no ato de respirar, este influencia o estado mental.

Para ajudar a manter a mente saudável, é possível praticar exercícios de respiração que ajudam a controlar a ansiedade. “Existe uma relação entre os ritmos respiratórios e os estados mentais. Tais mudanças no ritmo da respiração correspondem não só a mudanças no ritmo do coração, mas a mudanças no potencial elétrico na superfície do cérebro também”, comenta Victor. No universo dos exercícios respiratórios há técnicas conhecidas como Kryias (de purificação) e técnicas de Pranayama (de controle de respiração). Ambas as técnicas podem ativar o sistema parassimpático e levar a um estado mais sedativo, promovendo um relaxamento.

Além da sensação de relaxamento, a prática de técnicas de Pranayama também podem complementar o tratamento de doenças respiratórias e melhora a capacidade pulmonar de ex-fumantes. Porém, no caso de condições pré-existentes como diabetes, hipertensão e problemas posturais, podem existir algumas limitações. Além disso, outro ponto de atenção é o de se exercitar sem a orientação de um professor. Ao ser realizado de forma incorreta, a prática pode causar danos para o corpo e para a mente. “Problemas podem surgir quando alteramos a respiração e não damos atenção a uma reação corporal negativa”, alerta o professor.

No Yoga

Como o Pranayama é um dos membros do Yoga, é possível praticar os dois juntos ou até mesmo antes ou depois do exercício das posturas. Para praticar, é necessário manter a coluna ereta e encontrar uma posição confortável em que o corpo não perturbe a respiração. A postura do lótus com uma base triangular é a ideal, mas os iniciantes podem começar sentando-se em um banco afastado do espaldar, para poder manter o alinhamento da coluna.

Foto: Divulgação Freepik
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