A cada ano, diversas empresas entram para a lista de melhores lugares para trabalhar em diversos aspectos. E segundo a pesquisa FIA Employee Experience (FEEx), as empresas que criam ambientes saudáveis, qualidade de vida para os funcionários e outros fatores pontuados como positivos, são lideradas por mulheres.
O resultado do estudo refere-se mais que a média de organizações em todo o Brasil, e busca medir o grau de satisfação dos funcionários das empresas. Cem instituições foram qualificadas como os melhores lugares para trabalhar de acordo com os requisitos do estudo. Destas, 49% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, contra 42% da média do mercado, segundo o Ministério da Economia.
De acordo com o órgão, as mulheres ocupam cerca de 43,8% dos 2,6 milhões de cargos de chefia registrados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) em 2017. O Ministério analisou seis ocupações: diretores, chefes, supervisores, gerentes, coordenadores e dirigentes.
Ainda segundo o estudo FEEx, quando a participação de mulheres é maior em uma empresa, a chance da mesma ser presidida por uma pessoa do sexo feminino também é maior. Mulheres que presidem empresas colocam mais profissionais em outros níveis de liderança.
Das 100 empresas estudadas, 42% têm uma mulher na chefia, contra apenas 12% nas organizações lideradas por homens.
Gestão de crise
Durante o início da pandemia do novo coronavírus, muito se perguntou se o gênero de fato influencia na capacidade de liderança. Desde então, alguns estudos vêm tentando responder a essa questão. De acordo com uma pesquisa da “Harvard Business Review”, publicada na Harvard Business Publishing, mulheres em cargos de liderança mostraram mais eficiência durante a pandemia da Covid-19 que afetou muitas empresas, ao apresentarem resultados positivos dentro das instituições.
O estudo intitulado “Mulheres São Melhores Líderes Durante a Crise”, elaborado por Jack Zenger e Joseph Folkman, analisou um total de 454 homens e 366 mulheres, entre os meses de março e junho de 2020. As mulheres foram classificadas de forma positiva em 13 das 19 competências gerais necessárias de uma liderança, por meio de uma ferramenta da consultoria que mede as competências em 360º.
Comparando os resultados obtidos, as mulheres foram vistas como mais efetivas em termos de liderança, tomada de iniciativas, capacidade de aprender rápido, inspirar e motivar os outros, habilidade de se comunicar bem e valorizar a diversidade.
Jack e Joseph comentaram que um dos dados dessa análise que mais chamou atenção foi com relação ao que os funcionários esperam de seus líderes. “Eles valorizam líderes capazes de mudar de rota e aprender novas habilidades, que defendem o desenvolvimento do funcionário mesmo em tempos difíceis, que são honestos e íntegros, e que mostrem-se compreensivos com relação ao estresse, ansiedade e frustração das pessoas”, disseram no artigo.
O estudo mostrou que nesses primeiros meses de adaptação à pandemia, as mulheres tiveram mais preocupação sobre as inseguranças dos funcionários e colaboradores e passaram mais confiança nas estratégias para driblar a crise.
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