Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Duke, nos EUA, indica que fazer sexo pode aumentar a espiritualidade.
Na pesquisa, os homens que receberam doses da ocitocina, hormônio conhecido por sua influência no prazer sexual, demonstraram mais interesses nas questões ligadas a alma. Além disso, o experimento sugere que os homens que receberam a substancia também experimentaram mais emoções positivas durante a meditação. Eles estavam mais inclinados a se verem interconectados com outras pessoas e seres vivos, dando notas maiores a afirmações como “todas as vidas são interconectadas” ou “existe um plano superior de consciência ou espiritualidade que une todas as pessoas”.
Os resultados foram publicados no periódico “Social Cognitive and Affective Neuroscience”. Os participantes que receberam a ocitocina estavam mais dispostos a dizerem que a espiritualidade era importante em suas vidas e que a vida possui um significado e propósito, em relação ao grupo que recebeu apenas placebos. Os estudos foram realizados apenas com homens. A ocitocina, liberada pelo hipotálamo durante o sexo, o parto e a amamentação, atua de forma diferente em homens e mulheres. Os pesquisadores também alertam para que os resultados não sejam generalizados, pelo fato de existirem várias definições de espiritualidade.
Patty Van Cappellen, psicóloga social em Duke, afirma que a espiritualidade e meditação já foram relacionadas à saúde e ao bem estar em estudos anteriores. A melhora na qualidade do sono e a queima de calorias também são alguns dos conhecidos benefícios do sexo para a saúde. Mais do que realizar fantasias e desejos, a prática sexual está diretamente ligada ao aumento da qualidade de vida.
Segundo a sexóloga Carla Cecarello, uma vida sexual satisfatória pode levantar a autoestima e trazer benefícios para o corpo e mente. “A pessoa que possui uma autoestima elevada investe nela mesma, e isso traz benefícios do ponto de vista físico, emocional, profissional, espiritual e intelectual, o que, consequentemente, traz uma melhora na qualidade de vida”.
Os principais benefícios da prática sexual para a saúde.
- Alívio do estresse: o estresse está relacionado a diversas doenças cardíacas e problemas de saúde. A liberação de endorfina durante o sexo ajuda a aliviar as tensões e traz sensação de bem estar ao lado do parceiro;
- Alivia dores de cabeça: um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Münster, na Alemanha, mostrou que a relação sexual ajuda a aliviar dores, incluindo enxaquecas. Eles observaram que fazer sexo aliviou a enxaqueca de 60% dos entrevistados que disseram manter relações mesmo com dor. A resposta estaria na liberação de hormônios capazes de aliviar a dor, como as endorfinas;
- Benefícios para o corpo: fazer sexo ativa a circulação sanguínea, o que contribui para que o corpo não tenha dores devido à atividade física exercida e se sinta relaxado após o sexo;
- Melhora da libido: fazer sexo também pode aumentar o apetite sexual e trazer uma vida sexual mais ativa para homens e mulheres;
- Melhora do humor: durante a prática sexual, a liberação de dopamina no cérebro aciona a zona de prazer e traz a sensação de bem estar para o corpo humano. “Podemos enxergar claramente essa relação entre sexo e melhora do humor”. Segundo uma pesquisa realizada pela Durex Global Sex Survey, em 2014, o sexo melhora o humor para 63% dos homens e 72% das mulheres;
- Melhora na qualidade do sono: após o corpo atingir o orgasmo, um hormônio chamado prolactina é liberado. Ele é responsável por trazer a sensação de relaxamento e sonolência, o que pode contribuir para a melhora na qualidade do sono;
- Protege o coração: o sexo é uma grande atividade física, logo, traz todos os benefícios, comuns, da prática. Uma pesquisa realizada na Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, mostrou que o sexo regular funciona como exercício cardiovascular. Com isso, o sexo aumenta as chances de combater o câncer e diminui os sintomas da menopausa e da TPM;
- Queima de calorias: se funciona como exercício, porém, não há nada que mostre quantas calorias são dispensadas durante a prática. “O que sabemos é que a mesma quantidade de oxigênio que se precisa no cérebro no momento do orgasmo é a mesma quantidade usada no cérebro para subir dois lances de escada ou caminhar 1,5km durante 30 minutos”;
- Sexo reduz a depressão: a atividade sexual reduz os casos de humor depressivo, pois a sensação de bem estar e a melhora da autoestima ajudam nos casos de depressão;
- Vida mais longa: um estudo realizado pela Queen’s University, no Reino Unido, revelou que pessoas que fazem sexo pelo menos duas vezes por semana vivem mais do que aquelas que o fazem uma vez por mês. Esta é a conclusão da pesquisa, que acompanhou, durante 10 anos, mil homens que entraram na terceira idade. Aqueles que fizeram sexo viveram duas vezes mais.
Carla Cecarello é sexóloga do site de encontros casuais C-date que foi o primeiro site de encontros casuais da Europa. Atualmente está presente em 35 países e tem mais de 36 milhões de usuários. O perfil dos usuários é composto por pessoas com idade entre 30 e 50 anos e que procuram viver aventuras sem compromisso, de forma elegante. www.c-date.com.br
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