Dores abdominais, diarreia, mal-estar e falta de apetite são sintomas comuns que, muitas vezes, são rapidamente atribuídos a uma “virose passageira”. No entanto, esses sinais podem indicar algo mais sério: uma infecção intestinal bacteriana ou parasitária, que requer diagnóstico e tratamento adequados.

Segundo o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico, o erro mais comum é subestimar os sintomas e recorrer à automedicação. “Nem toda dor de barriga é virose. Existem infecções intestinais provocadas por microrganismos específicos, como Giardia lamblia ou Entamoeba histolytica, que exigem medicamentos direcionados. Ignorar o quadro ou tratá-lo incorretamente pode prolongar os sintomas e causar complicações”, explica.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as doenças diarreicas ainda estão entre as principais causas de morbidade no mundo, especialmente em regiões de clima quente e em países em desenvolvimento. Estima-se que mais de 1,7 bilhão de casos de infecções intestinais ocorram anualmente em todo o planeta, afetando pessoas de todas as idades.

As infecções gastrointestinais podem ser causadas por bactérias, vírus ou protozoários transmitidos por alimentos ou água contaminados, falta de higiene adequada ou até contato interpessoal. “A contaminação pode acontecer de forma muito simples, por exemplo, ao consumir verduras mal lavadas, água sem tratamento ou alimentos deixados fora de refrigeração. Por isso, a prevenção é essencial”, destaca o Dr. Carlos.

O especialista também alerta que, embora muitas infecções tenham evolução benigna, outras podem se agravar rapidamente, levando à desidratação e à perda de nutrientes. “Sintomas persistentes por mais de três dias, presença de sangue nas fezes, febre alta e vômitos intensos são sinais de alerta. Nesses casos, é fundamental procurar um médico para diagnóstico e tratamento adequados”, orienta.

O diagnóstico correto é feito com base na avaliação clínica e, em muitos casos, em exames laboratoriais que identificam o agente causador. “O tratamento varia conforme a origem da infecção, bacteriana, viral ou parasitária, e apenas um profissional de saúde pode indicar a terapia mais adequada”, reforça o Dr. Carlos.

Além de evitar a automedicação, o médico destaca a importância de medidas simples de prevenção: lavar bem as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, higienizar frutas e verduras, consumir água filtrada ou fervida e manter uma alimentação equilibrada.

“Nosso intestino é um órgão extremamente sensível e essencial para o equilíbrio do corpo. Manter bons hábitos e buscar atendimento médico quando algo foge do normal é o melhor caminho para evitar complicações e preservar a saúde”, conclui o Dr. Carlos.

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