Também chamado de cisto dermoide, o teratoma é um tumor congênito que, em grande parte, é benigno, mas, em casos raros, pode se tornar maligno. De acordo com a Associação Médica Brasileira, apenas 1% dos casos de teratoma é maligno. Ele acontece a partir da multiplicação descontrolada de células germinativas, que são aquelas que dão origem aos gametas.
 

Quando colocadas em um microscópio, ele lembra as três camadas de um embrião em fase de desenvolvimento. Por este motivo, é possível encontrar elementos estranhos, como dentes, cabelos, músculos, ossos, entre outros. Segundo o Dr. Thiers Soares, médico ginecologista, especialista em endometriose, adenomiose e miomas, esse tipo de doença pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, mas é mais comum que ocorra nos ovários, testículos e cóccix. Apesar de acometer tanto homens como mulheres, a doença atinge de forma majoritária as pessoas do sexo feminino.
 

Quais são os tipos de teratoma?

Existem dois tipos de teratoma: os imaturos, que são mais propensos a se tornarem cancerígenos, e os teratomas maduros, que tendem a ser benignos. Os maduros são mais encontrados nos ovários, em grande maioria nas mulheres que estão na fase anterior à menopausa. Quanto mais tempo os teratomas ficam dentro do organismo, maiores são as chances dele se tornar cancerígeno.
 

Quais são os principais sintomas?

Os teratomas nem sempre apresentam sintomas, por isso, muitas vezes é difícil realizar um diagnóstico. Nesses casos, só é possível identificar a doença por meio de exames de rotina. Os sintomas mais comuns que podem se manifestar são desconforto abdominal e inchaço na região pélvica.

Como é feito o diagnóstico?

Quando o teratoma está presente no ovário, o diagnóstico pode ser feito pela ultrassonografia transvaginal. Neste caso, se existir alguma dúvida em relação à existência ou não da doença, também é necessário realizar uma ressonância magnética.

Como é o tratamento?

O tratamento vai depender do seu tipo. No teratoma maduro, para retirar as lesões causadas pela doença, indica-se realizar uma cirurgia, mas é possível fazer o procedimento com um método menos invasivo (laparoscópica ou robótica). Para o tipo imaturo, o tratamento vai depender do grau da doença, mas os teratomas que estão presentes no ovário podem ser tratados com a remoção cirúrgica.

Em casos mais avançados, quando o tumor se espalha para além dos ovários, é necessário que a paciente faça algumas sessões de quimioterapia após a remoção das lesões, mas vale lembrar, que isso é raro. O diagnóstico precoce sempre favorece o tratamento, por isso, é recomendável fazer exames todos os anos, assim será mais fácil identificar o teratoma e encontrar soluções.
 

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