O processo natural de envelhecimento, excesso de peso, sedentarismo e mal uso da coluna são fatores que podem desencadear a protusão ou abaulamento discal – doença que consiste no deslocamento do núcleo do disco que fica entre as vértebras, na direção da medula espinhal ou dos nervos da coluna, causando sua compressão. Normalmente, esta doença atinge pessoas após 35 anos de idade, no entanto, também pode estar presente em pessoas mais jovens, associada a traumas ou grandes esforços na região da coluna.

Segundo o médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna, Dr. Marcelo Amato, quando o desgaste do disco foge do natural, o núcleo pode se deslocar de seu local original, mudando o formato do disco e fazendo com que essa deformação comprima as raízes nervosas no canal vertebral, causando dor.

Pessoas mais jovens também podem apresentar esse problema, devido à prática de movimentos forçados, a exemplo de levantar objetos pesados. Os sintomas mais comuns causados pela protusão do disco vertebral são: desconforto ou dificuldade para movimentar a coluna, formigamento ou dormência nos braços ou pernas, perda de força nos músculos da região afetada, entre outros.

Foto: Divulgação Freepik

A doença pode ser diagnosticada a partir de consulta clínica, exame neurológico e exames de imagem. Quando o problema é identificado através da ressonância magnética, por exemplo, e está associada às queixas clínicas, é necessário tratamento que pode ser medicamentoso, com auxílio da fisioterapia ou cirúrgico.

A protusão discal pode dar origem a uma hérnia de disco e ocasionar desdobramentos mais sérios à saúde. “Se a sua ressonância apresentou protrusão de disco ou abaulamento, antes de mais nada, deve-se conversar com o especialista em coluna para saber se existe correlação da imagem com os sintomas apresentados, pois são alterações muito comuns vistas em exames de imagem de pessoas normais, afirma o Dr. Amato.

Os sintomas da protusão discal podem piorar gradativamente e, em algumas situações, pode ser difícil identificar o problema. Neste caso, é preciso ficar atento à possíveis alterações nos membros – braços e pernas – sobretudo, perda de força e sensibilidade e sempre realizar o acompanhamento com um neurocirurgião.

Para os casos de cirurgia, existem procedimentos muito modernos, minimamente invasivos, sem cortes, com pós-operatório rápido e sem dor.

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