A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em alerta ao que parece ser um novo surto de varíola dos macacos entre humanos. O intuito é orientar os países sobre como mitigar a propagação da “monkeypox”.
A varíola do macaco é uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que infecta animais e raramente os humanos. O contágio de humanos é mais comum em regiões florestais da África Central e Ocidental, onde a doença é endêmica, mas casos que surgiram recentemente em mais de dez países chamaram a atenção da OMS. O primeiro caso identificado na Alemanha foi o de um brasileiro de 26 anos que havia viajado para Portugal.
A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, ao atingir colônias de macacos mantidos para pesquisa, segundo o Instituto Butantan. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. Lesões na pele – que parecem as da catapora ou da sífilis, até formar uma crosta e cair – podem se desenvolver
posteriormente, primeiro no rosto e depois se espalhando para outras partes do corpo, incluindo os genitais, mas principalmente mãos e pés. As lesões podem ser pruriginosas (que provocam coceira) ou dolorosas.
A taxa de mortalidade de casos para o vírus que circula na África Ocidental é de 1%, nota o Instituto Butantan.A doença pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.
Segundo o Butantan, quem mora ou viaja para países endêmicos deve evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas). Além disso, deve evitar comer ou manusear caça selvagem.
Como é transmitida por contato próximo, a doença pode ser contida com relativa facilidade por meio de medidas como isolamento e higiene assim que um novo caso é identificado. Segundo o Butantan, o período de incubação da varíola dos macacos é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso, pessoas infectadas precisariam ficar isoladas e em observação por 21 dias.
Com informações do site Valor
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