O mal do tártaro. A gengiva inflamada pode evoluir para a periodontite, quando a doença começa a afetar a inserção óssea da dentição.

Forma-se o tártaro, ocorre a gengivite e pode evoluir para uma periodontite. As doenças periodontais são graves e quando não tratadas rapidamente, podem levar à perda dos dentes. Uma gengiva saudável, por exemplo, não sangra, e esse pode ser o primeiro sinal de que há algo errado na boca do paciente, diz o Dr. Rafael Puglisi, cirurgião-dentista especialista em odontologia estética.

“O tártaro não vai gerar nenhum sintoma, mas a gengiva inflamada pela presença dele, sim. É possível ter dor ou sensibilidade na gengiva e sangramentos. Também podemos encontrar sinais como vermelhidão e inchaço na gengiva”.

No Brasil, os números assustam, segundo o Ministério da Saúde, 82% dos adultos de 35 a 44 anos sofrem com algum tipo de doença periodontal. O problema ainda atinge quase metade dos jovens entre 15 e 19 anos (49,1%) e quase a totalidade da população idosa no país (98,2%), com idade entre 65 e 74 anos.

Tártaro

Após a calcificação da placa bacteriana, forma-se o tártaro, o qual não é possível remover apenas com escovação e o uso do fio dental. De acordo com o especialista, apenas o cirurgião-dentista pode removê-lo com instrumentos apropriados.

“Quando essa remoção (raspagem e profilaxia) não é realizada, pode ocorrer a inflamação da gengiva (gengivite). A gengivite é reversível e o cirurgião-dentista é capaz de realizar o correto tratamento. Caso o paciente não realize este tratamento, essa gengivite pode evoluir para a periodontite, quando a inflamação começa a afetar a inserção óssea dos dentes”.

Além do problema ósseo local da gengivite não tratada, a cavidade oral (boca) é a porta de entrada para o corpo todo, levando assim altos números de bactérias para todo o sistema do corpo humano. A maneira mais eficaz de evitar o tártaro é a higiene oral, conforme o cirurgião dentista indicar para cada paciente.

A periodicidade das consultas ao cirurgião dentista também é individual, existem pacientes que devem retornar a cada 3 meses, outros a cada 4, ou 5 meses. “A maioria deve retornar a cada 6 meses. O ideal é que cada cirurgião-dentista indique essa periodicidade para cada paciente”.


Dr. Rafael Puglisi é cirurgião-dentista especialista em odontologia estética. Atua como coordenador clínico e de planejamento digital oral. Ele também é diretor do departamento de pesquisas do Instituto Odontológico Guy Puglisi, o IGP. Apaixonado por sorrisos, buscou a especialização em odontologia estética, adquirindo o domínio de inovadoras técnicas de próteses em cursos no exterior.

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