Alcançar o corpo desejado e manter a saúde não é uma tarefa simples, mas muitas pessoas se “agarram” em desculpas e crenças que simplesmente as impedem de mandar os quilos extras embora; especialista em obesidade Gladia Bernardi lista algumas crenças comuns que as pessoas que estão acima do peso alimentam.

O ganho excessivo de peso, na maioria das vezes, está diretamente ligado às chamadas crenças limitantes – que são conceitos negativos em que as pessoas acreditam, e que as limitam. Por cultivarem esses pensamentos, muitas pessoas que sofrem com a obesidade acabam se autossabotando ou criando desculpas que as impedem de enxergar e buscar a saída para o problema.

De acordo com a nutricionista Gladia Bernardi, para conseguir se livrar definitivamente do peso em excesso, é necessário deixar de lado esses conceitos que, de alguma forma, impedem o emagrecimento. “As crenças limitantes são aquilo em que acreditamos e tomamos como verdade absoluta, por meio da força do pensamento. Um exemplo é o fato de nos obrigarmos a nos sentirmos “felizes” com o nosso corpo, acreditando que não conseguiremos mudá-lo”, aponta a especialista.

Abaixo, Gladia lista 4 crenças comuns entre as pessoas que estão acima do peso:

1- Colocar a culpa no metabolismo

A capacidade do metabolismo em queimar ou transformar as calorias ingeridas pelo nosso corpo varia de acordo com cada organismo. Algumas pessoas possuem o metabolismo mais acelerado – o que pode ser um aliado na hora de emagrecer. Porém, quem tem o metabolismo mais lento muitas vezes acha que não consegue emagrecer pelo fato de o corpo atuar de forma mais demorada. Mas isso, segundo Gladia, é apenas uma desculpa para justificar o excesso de peso.

“Nosso metabolismo não irá determinar o estilo de vida que queremos e devemos ter. Encontrando um equilíbrio da mente e ingerindo alimentos que nos ajudem a acelerar o metabolismo, podemos, sim, perder peso, com determinação e, acima de tudo, de forma saudável”, explica a nutricionista.

2- Acreditar que obesidade é genética

Da mesma forma que é possível herdar a personalidade dos nossos pais, também podemos herdar a genética. Porém, não devemos – nem podemos- nos basear no físico de nossos parentes como verdade absoluta sobre nosso próprio corpo. “A obesidade não é genética se você treinar sua mente e pensamentos para o corpo que deseja ter. Você deve se atentar à sua rotina alimentar e, assim, nunca dependerá da condição física de seus pais. O importante é equilibrar os alimentos e não comer por compulsão quando se está triste, por exemplo”, esclarece Gladia

3- Rotina e falta de tempo

Muitas vezes a falta de tempo e as mudanças da rotina nos impedem de focar em nosso corpo, mente e saúde. Porém, tudo acaba se tornando uma questão de prioridades, coragem e organização.

“Mudar seus hábitos pode transformar a rotina positivamente, levando você a se conhecer cada vez mais. Tudo passa a ser repensado, como suas prioridades e o tempo dedicado a cada uma delas. Com hábitos novos e favoráveis ao seu objetivo, você começa a pensar em tudo o que o rodeia: atitudes, crenças e ações”, reflete.

4- Compulsão alimentar

É comum que as pessoas descontem seus sentimentos nos alimentos, ingerindo, por exemplo, muito chocolate quando estão ansiosas ou nervosas com algum acontecimento. Nesses casos, Gladia explica que se alimentar para cobrir vazios, preencher sentimentos, ou para fugir do estresse, das perdas, tristezas, frustrações, e até mesmo da felicidade, prejudicando a saúde mental e física.

“Normalmente, 90% das escolhas alimentares acabam sendo emocionais, e somente 10% racionais. Isso gera distúrbios caracterizados pela falta de controle ao pela ingestão de grandes quantidades de comida em pouco tempo, conhecido como compulsão alimentar. É preciso abandonar as desculpas para emagrecer e parar de comer em excesso como válvula de escape”, alerta a especialista.


Gladia Bernardi – Autora do best-seller “Código Secreto do Emagrecimento (Ed. Gente), Gladia Bernardi é nutricionista funcional, especialista em obesidade e em emagrecimento consciente.

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