Em setembro deste ano, Bárbara Maia, uma estudante de medicina de 27 anos, retomou as aulas na faculdade, marcando um progresso notável em sua jornada de recuperação. No entanto, poucos meses antes, em maio, sua vida mudou drasticamente quando começou a sentir falta de ar, um sintoma que não melhorava com sua bombinha de asma. O que parecia inicialmente um problema comum transformou-se em uma longa e grave internação.
Levada às pressas para o hospital, os médicos logo descobriram que Bárbara sofria de uma doença rara e desconhecida: a síndrome antifosfolípide (SAF), também conhecida como síndrome do “sangue grosso”. Essa condição autoimune, que gera tromboses recorrentes e sintomas semelhantes aos do lúpus, causou sérios danos ao corpo da jovem.
Durante os três meses de internação, Bárbara passou por momentos críticos. Ela foi intubada na UTI por 36 dias, enfrentou dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e precisou passar por uma traqueostomia. Além disso, devido aos coágulos resultantes da SAF, seu pulmão foi comprometido, causando a falta de ar, e seu braço direito teve que ser amputado. Durante o período em coma, ela enfrentou complicações como falência renal, pneumonia e hemorragia no intestino, recebendo 13 bolsas de sangue para compensar as perdas durante o tratamento.
Após quase 45 dias na UTI e outros 45 dias de internação para se recuperar da doença e controlar as manifestações da síndrome, Bárbara finalmente teve alta. Sua jornada de recuperação continua, e ela ainda necessita de assistência para realizar tarefas cotidianas, como subir escadas ou digitar, devido à amputação e à fraqueza resultante da doença. No entanto, sua determinação é evidente, e ela está determinada a superar os desafios que a vida lhe impôs.
Com informações do Metrópoles
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