Um idoso morreu após outro paciente do HRT desligar o aparelho que o mantinha respirando. O caso aconteceu em junho de 2020, mas o desfecho pode vir na próxima semana, já que será julgado o recurso do GDF após a primeira condenação. As informações são do Correio Braziliense.

Segundo a família, o idoso passou mal em casa com leve falta de ar, e foi encaminhado ao HRT pelo serviço de emergência. Devido aos sintomas serem parecidos com a covid-19, Arlindo foi alocado para uma área do hospital que tratava da doença no mesmo dia da internação, necessitando, segundo equipe médica, ser intubado e sedado.

O filho do idoso, disse que ele “não saia de casa, estando em isolamento absoluto, dessa forma, a chance de infecção por covid era mínima”. Segundo o hospital, “a orientação era deixar o paciente na ala do covid até o resultado do exame”. Na sala vermelha dentro da internação do HRT, foi solicitado pelos médicos a necessidade de um teste para covid-19.

Cinco dias após ter sido intubado e sedado no hospital, Arlindo acabou não resistindo e morreu. O teste PCR deu negativo. . A certidão de óbito, contudo, teve insuficiência respiratória como causa da morte e, com isso, Arlindo entrou na estatística de vítimas de covid-19.

Divulgação Arquivo Pessoal

No entanto,quando o corpo estava no IML, os familiares de Arlindo descobriram que o caso ainda estava sendo apurado após a médica plantonista prestar depoimento à polícia afirmando que, na manhã de 26 de junho, foi acionada por enfermeiros, que diziam que Arlindo não tinha mais sinais de vida. Os aparelhos respiratórios do idoso estavam desligados da tomada. De acordo com a médica, os procedimentos de reanimação foram realizados, mas sem sucesso.

A médica contou ainda no depoimento prestado à polícia, que outro paciente de 79 anos, internado ao lado de Arlindo, assumiu que desligou os aparelhos. O idoso, ao ser questionado do porquê ter feito isso, informou que ele havia constatado que os pacientes não necessitam mais do respirador mecânico, em virtude de “estarem bem”.

Ninguém presenciou o momento em que o idoso de 79 anos retirou o aparelho da tomada. Ao assumir o plantão, a médica contou ao delegado da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) que a equipe plantonista anterior relatou que o paciente que retirou da tomada o aparelho respiratório de Arlindo “vinha dando muito trabalho”.

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