Nesta segunda-feira (4), a mãe de um bebê jogado em córrego em Três Pontas, no Sul de Minas, foi presa em São Paulo, após uma denúncia de que a mulher estava fugindo de ônibus. A suspeita teria se divertido após o crime e se assustado com a repercussão do caso.
Segundo o Correio Braziliense, durante coletiva, a Polícia Civil de Três Pontas afirmou que a jovem é suspeita de ter jogado um recém-nascido em um córrego da cidade. Prints de conversas com uma amiga foram divulgados. A mulher disse que estava com medo de ser presa e confessou que agiu sozinha.
Uma denúncia disse que a jovem estaria fugindo de ônibus para São Paulo e foi atrás da suspeita. O ônibus foi parado em Bragança Paulista, em São Paulo, pela Polícia Rodoviária Federal.
Além dos prints, imagens de um circuito de monitoramento foram divulgadas e mostram a ação da suspeita. “A ação aconteceu na última quinta-feira (31). Ela teve o parto dentro do banheiro, amarrou a criança dentro de um saco e jogou o bebê dentro de um rio. No primeiro momento, ela diz que colocou a criança, mas as imagens mostram que ela jogou o bebê. A criança foi lançada”, diz delegado.
De acordo com a polícia, a jovem de 23 anos, que já é mãe de uma menina de 5 anos, descobriu a gravidez de forma tardia e não teria revelado a ninguém. A polícia acredita que a criança nasceu com vida aos oito meses de gestação e por falta de cuidado, o bebê não tenha resistido.
A polícia informou que a suspeita jogou a sacola em um ponto mais alto do córrego, mas no dia, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) estava fazendo manutenção das manilhas e a sacola pode ter sido arrastada pelo fluxo da água. Em algum momento, a sacola teria se enroscado nos galhos e o corpo do bebê ficou exposto.
Ainda segundo o delegado, a jovem continuou a vida normalmente após jogar o bebê no córrego. “Após praticar o crime, a suspeita ainda conseguiu sair para se divertir no fim de semana, mas se desesperou ao ver a repercussão do caso”, ressalta.
A Polícia Civil aguarda o laudo da necropsia para determinar a causa da morte, mas a polícia acredita que tenha sido uma asfixia após o parto por falta de cuidados ou socorro. A mulher deve responder por infanticídio e ocultação de cadáver.