O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é uma condição de saúde mental desencadeada por um evento traumatizante. A maior parte dos indivíduos que passa por eventos traumáticos pode ter dificuldades temporárias de adaptação e enfrentamento desses problemas. Entretanto, com o tempo, bom autocuidado e acompanhamento psicológico, pode encontrar a cura.
É natural sentir medo durante e depois de uma situação traumática. De acordo com a psicóloga Márcia Karine, o medo desencadeia muitas mudanças no corpo, em fração de segundos, para ajudar a se defender contra o perigo ou evitá-lo. “Esta resposta de ‘luta ou fuga’ é uma reação típica destinada a proteger uma pessoa de danos. Quase todos experimentarão uma série de reações após o trauma, mas a maioria das pessoas se recupera dos sintomas iniciais naturalmente”, explica.
Os sintomas de TEPT são geralmente agrupados em quatro tipos. O primeiro são as memórias intrusivas, e seus sintomas podem incluir flashbacks do ocorrido, com memórias angustiantes recorrentes e indesejadas do evento, sonhos e pesadelos, e sofrimento emocional grave. O segundo é a evitação, que tem sintomas de evasão, nos quais se tenta evitar falar ou pensar sobre o assunto, assim como evitar lugares e pessoas que lembrem esses eventos traumáticos.
E os dois últimos tipos são relacionados a mudanças. Um é o de mudanças negativas no pensamento e no humor, no qual seus sintomas englobam problemas de memória do acontecimento, falta de interesse em atividades que você gostava e desesperança sobre o futuro. Já o último tipo de sintomas ligado ao TEPT é o de mudanças das reações físicas e emocionais e a pessoa afetada por isso sente tudo em excesso podendo ser facilmente assustada. Sintomas como culpa, vergonha e problemas para dormir também são muito frequentes.
“Algumas pessoas com TEPT não apresentam sintomas por semanas ou meses. Ele é frequentemente acompanhado de depressão, abuso de substâncias ou um ou mais dos outros transtornos de ansiedade” detalha Márcia.
Os cuidados sugeridos para a melhora do estresse pós-traumático vão desde a realização de atividades físicas, até estabelecer metas realistas e pequenas tarefas para si mesmo. “Tem que se ter muito cuidado e o apoio para desabafar com seus amigos e familiares. Além disso, é de extrema importância que a pessoa com TEPT recorra a um profissional de saúde mental que tenha experiência com esse tipo de trauma, para assim, por meio de medicamentos e psicoterapias, ajudar na sua melhora”, conclui a docente.
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