Lembro com muito carinho da maioria dos meus professores. Todos, de certa forma, contribuíram para o meu crescimento. Alguns mais, outros menos.

Particularmente, gosto de destacar, Maria Teresa (1ª a 4ª séries), Amadora, Celso, Shisuko, Nélia, Marli, Benedito (ginásio), Clóvis, Haisem e Maria Auxiliadora (faculdade).

Quando o Tom começou na creche, em março do ano passado, ele foi recebido com todo o carinho e dedicação, por todos os profissionais da CEI. Mas uma pessoa, a pro Jô, confesso que cuidou até mais de mim do que dele. Todas as vezes que eu o deixava na escola, ficava com outra mãe, a Roberta, chorando nos degraus de uma igreja que fica em cima, morrendo de preocupação. Tom chorou muito no começo. Muito mesmo. Dava desespero. Claro que eu chorava junto sempre.

Meus amigos sempre brincam que não precisa ter um motivo para eu chorar. Imagina vendo o filho chorar desesperadamente. A professora Josefa (a Jô), que no começo achei séria demais para uma professora do maternal, se mostrou a pessoa mais amável, adorável e compreensiva do planeta.

Escrevia diariamente na agenda dele para me tranquilizar (uma agenda e meia durante todo o ano), observava cada evolução dele, me relatava e se dedicou muito, mesmo tendo outros alunos em sua sala, para fazer a adaptação do Tom ser menos traumática possível.

Jô sinalizou que o Tom escrevia e fazia suas atividades artísticas com as duas mãos, com uma tendência maior para a mão esquerda, observação que eu já tinha feito, mas ainda não havia comentado nem com o Ricardo, meu marido. Por isso achei demais ela ter tido esta atenção.

No passeio escolar (primeiro do Tom longe da mamãe), todas as professoras e equipe de apoio me tranquilizaram muito: pro Jô, pro Regina (que este ano está com o Tom), pro Carol, pro Cati, pro One, Fátima e Vera, respectivamente diretora e coordenadora da CEI, tia Cida, tia Rosa e tio Élsio, esses três últimos do apoio. Foi uma atenção excepcional. Tom curtiu muito.

Foi muito gratificante acompanhar o crescimento do pequeno e os cuidados que todos, sem exceção, tinham com ele.

Não adiantava eu falar que chupeta não era uma coisa boa, que precisava deixa-la porque “meninos grandes” não usam (Tom até hoje fala que já é um menino grande). Em uma manhã, simplesmente o Tom se levantou, abriu o lixo do banheiro e jogou a chupeta. A justificativa: “a pro Jô falou que eu não sou mais um bebê”. Falei para a professora que ela tinha um grande poder sobre o Tom e que eu a admirava muito por isso.

No fim de 2017, soube que ela não continuaria com ele este ano. Claro que bateu o maior desespero. Desespero este que diminuiu um pouco quando a pro Rê abraçou o Tom na festa de fim de ano e disse: “ano que vem estaremos juntos, Tom.”

Carinho este que venho observando diariamente também. Foi a pro Rê a responsável pelo desfralde ocasional do Tom. Ele teve muita dificuldade para o desfralde. Não conseguia fazer cocô no vaso ou no penico. Assim como ocorreu com a chupeta, de uma hora para a outra, ele chegou um dia e disse: “Vou fazer cocô no vaso. A pro Rê falou que sou menino grande”. Novamente achei demais…

Foi com a Regina que o Tom passou a desenhar mais e a cantar. Ele sempre tem pressa em desenhar porque quer brincar de carrinho.

Depois de tanto a professora insistir, hoje ele perde alguns minutinhos desenhando para “a mamãe ficar feliz com o desenho”.

Na quinta-feira passada, entregamos um cartão para a professora cumprimentando-a pelo seu dia (15 de outubro, Dia dos Professores, é feriado escolar e não haveria aula), e fiquei maravilhada ao ver que ele assinou seu nome: Tom. O ‘T’ e o ‘O’ ele escreveu. Na hora do ‘M’ saíram três tracinhos no papel. Gente, ele tem apenas três anos! Elogiei a Regina e dei um abraço muito apertado para agradecê-la.

Eu só tenho a agradecer a Deus pela experiência que o Tom teve no seu primeiro e está tendo no seu segundo ano de creche.

Desejo que todas as crianças recebam o mesmo carinho e os ensinamentos que o Tom vem recebendo. Que existam mais Josefas e Reginas por aí ensinando várias crianças.

Algo me diz que tanto a Jô quanto a Re estarão para sempre nos pensamentos e coração do Tom.

15 de novembro – Feliz Dia dos Professores para todos que se dedicam a ensinar!

Márcia Rodrigues
Márcia Rodrigues é jornalista, mãe do Thomas, que ela chama carinhosamente de Tom, e dos filhos de quatro patas Bia, Bel e Bob, o famoso BBB da região central de São Paulo. Especializada em economia, com foco, principalmente, em empreendedorismo, teve a vontade de escrever sobre comportamento depois da maternidade.
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