Terapeuta sexual, conselheira de relacionamentos, professora de pompoarismo e tantrismo, Iara Nárdia Germano convida mulheres a trabalhar a autoestima, conhecer o próprio corpo e deixar de lado o personagem que criaram para sobreviverem na sociedade patriarcal no livro Da Submissão à Autonomia. Publicada em parceria com a escritora e especialista em Educação Sexual, Alda Marina Nunes, a obra reúne conselhos sobre família, amor, sexo e felicidade sempre voltados para o contexto feminino.

As autoras tratam, por exemplo, da maneira mais adequada de dialogar com os filhos sobre relações sexuais, orientam as leitoras a reconectarem-se com seus sentidos corporais e explicam como as violências da sociedade machista afetam os pensamentos das mulheres acerca delas mesmas. Elas ainda atravessam questões como culpa, medo da rejeição, busca pela perfeição e desconexão dos desejos.

O corpo realmente deseja sentir prazer e esse depende muito de sua disposição, do quanto é capaz de se entregar. Reconhece seu corpo e sentimentos? Ou será que aprendeu a temê-los? Não há como comandar os batimentos do coração, mas todos vêm sendo forçados a justificar seus atos com razões, não? Ou será ainda que os rejeita como algo nocivo? A ilusória e destrutiva herança do pecado da carne. (Da Submissão à Autonomia, pg. 147)

Dividido em duas partes, o livro conta com os primeiros capítulos dedicados aos momentos marcantes da trajetória da Iara Nárdia Germano até se tornar uma profissional reconhecida no mercado, com mais de 700 mil seguidores nas redes sociais. Nascida no berço de uma família tradicional, não recebeu amor incondicional dos pais por “dar muito trabalho”. Foi vítima de abuso sexual e permaneceu em silêncio devido ao medo de conversar com adultos. Casou-se cedo, foi traída inúmeras vezes e tinha que moldar-se para ser aceita pelo marido.

No segundo momento, as escritoras utilizam essa jornada como fonte de inspiração para outras pessoas em situações semelhantes e demonstram como os preconceitos as impedem de alcançar a verdadeira felicidade. Da Submissão à Autonomia dá voz às mulheres que foram maltratadas e vítimas de violência, mas também sugerem um caminho para que o público inicie um processo de autoacolhimento e amor incondicionais.

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