Durante a gestação, o corpo da mulher passa por transformações intensas, e uma das mais comuns — e por vezes incômodas — é o inchaço nas pernas e pés. Esse sintoma, que tende a se intensificar no fim da gravidez, está diretamente ligado às alterações hormonais e ao aumento do volume sanguíneo necessário para sustentar o desenvolvimento do bebê. Embora seja uma resposta natural do organismo, exige atenção especial para evitar complicações circulatórias.
De acordo com especialistas em obstetrícia, o crescimento do útero pressiona as veias da pelve e dificulta o retorno do sangue das pernas ao coração, o que pode favorecer o aparecimento de edema, dor e até varizes. Além do desconforto estético, essas alterações podem indicar sobrecarga no sistema venoso e, em casos mais graves, aumentar o risco de trombose.
A médica vascular Ana Carolina Monteiro explica que hábitos simples fazem grande diferença na prevenção desses sintomas. “Manter-se ativa é essencial. Caminhadas leves, exercícios de alongamento e elevação das pernas ajudam a melhorar a circulação e aliviar o inchaço”, afirma. Ela também destaca a importância de evitar longos períodos em pé ou sentada e de utilizar meias de compressão quando indicadas pelo obstetra.
A alimentação também desempenha papel fundamental. O consumo equilibrado de água e alimentos ricos em fibras e potássio, como banana, abacate e folhas verdes, contribui para o equilíbrio dos líquidos corporais e reduz a retenção. O excesso de sal deve ser evitado, pois agrava o inchaço.
Durante o pré-natal, é fundamental relatar qualquer alteração nas pernas — como dor, vermelhidão ou endurecimento — para avaliação médica. “O acompanhamento adequado é a melhor forma de garantir uma gestação saudável e segura tanto para a mãe quanto para o bebê”, reforça a especialista.
Com atenção e cuidados diários, é possível controlar o inchaço e preservar o bem-estar da gestante, favorecendo uma experiência mais confortável e tranquila até o parto.
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