A esteatose hepática, popularmente conhecida como “gordura no fígado”, é uma condição cada vez mais comum e, muitas vezes, silenciosa. Ela ocorre quando o órgão acumula gordura em quantidade superior a 5% do seu peso total. Embora nem sempre cause sintomas, pode evoluir para inflamação, fibrose, cirrose e até câncer de fígado se não for tratada.
Segundo especialistas, o estilo de vida moderno — marcado por alimentação rica em ultraprocessados, sedentarismo e aumento dos casos de obesidade — é um dos principais responsáveis pelo crescimento da doença.
Quais são os sinais mais comuns?
Apesar de muitas pessoas só descobrirem a esteatose após exames de rotina, alguns sinais podem indicar que algo não vai bem:
1. Cansaço constante
A sensação de fadiga, mesmo após descanso, é um dos sintomas mais relatados por quem tem gordura no fígado. Ela ocorre porque o órgão sobrecarregado passa a trabalhar de forma menos eficiente.
2. Desconforto abdominal
Alguns pacientes relatam dor leve ou sensação de peso do lado direito do abdômen — região onde o fígado fica localizado.
3. Inchaço
O acúmulo de líquidos pode acontecer em estágios mais avançados, mas é um sinal de alerta importante.
4. Alterações metabólicas
Colesterol alto, triglicerídeos elevados, resistência à insulina e glicemia alterada frequentemente acompanham a esteatose hepática.
5. Náuseas e perda de apetite
Embora menos frequentes, podem aparecer quando a gordura no fígado já está influenciando o funcionamento digestivo.
Quem está mais propenso a ter gordura no fígado?
Além da obesidade e da alimentação inadequada, outros fatores aumentam o risco:
- Diabetes tipo 2
- Consumo excessivo de álcool
- Hipertensão
- Sedentarismo
- Síndrome metabólica
- Uso de certos medicamentos
- Histórico familiar
Como confirmar o diagnóstico
A forma mais comum de identificar a esteatose hepática é por meio de ultrassom abdominal, que consegue visualizar o acúmulo de gordura. Exames de sangue e elastografia também podem ser solicitados para avaliar possíveis danos ao fígado.
Tratamento e prevenção
A boa notícia é que, na maioria dos casos, a gordura no fígado é reversível. As principais medidas incluem:
- Ajustes alimentares (redução de açúcares, carboidratos refinados e ultraprocessados)
- Prática regular de exercícios
- Emagrecimento saudável
- Controle de colesterol, triglicerídeos e glicemia
- Redução ou interrupção do consumo de álcool
Pequenas mudanças no estilo de vida podem gerar grandes resultados e evitar complicações futuras.
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