Nesta segunda-feira, 31 de maio, é o Dia Mundial do Combate ao Fumo. A data também conhecida como Dia Mundial sem Tabaco foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de alertar a sociedade para os riscos trazidos pelo cigarro e tabagismo para a saúde. 

De acordo com a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), o tabagismo integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais em razão do uso de substância psicoativa.

O tabagismo é considerado pela OMS a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) no Brasil, 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo.161.853 mortes anuais poderiam ser evitadas. 

Existem mais de 50 doenças relacionadas com o vício do fumo como câncer de pulmão, fígado, pâncreas, doenças cardiovasculares, úlcera do aparelho digestivo, catarata, osteoporose, entre outras. 

Ainda segundo a OMS, o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes  resultam do uso direto do cigarro, enquanto cerca de 1,2 milhão são não-fumantes que se expõem ao fumo passivo. No Brasil, o tabaco atinge cerca de 12% da população feminina, afetando a saúde das mulheres.

De acordo com o INCA, as principais causas de morte da população feminina estão ligadas ao tabagismo. Em primeiro lugar, as doenças cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico); em segundo, as neoplasias malignas (mama, pulmão e colo de útero) e, em terceiro, as doenças respiratórias. Mas o fumo também pode interferir na fertilidade da mulher. 

Ainda de acordo com os dados, mulheres fumantes que não usam métodos contraceptivos hormonais reduzem a taxa de fertilidade de 75% para 57%, em razão do efeito causado pela concentração de nicotina no fluído folicular do ovário, e as que fumam antes da gravidez têm duas vezes mais probabilidade de atraso na concepção e, aproximadamente, 30% mais chances de serem inférteis.

O fumo também pode causar o envelhecimento precoce do útero e dos ovários, a antecipação da menopausa e a perda de hormônio feminino, fatores que podem dificultar a fecundação ou causar infertilidade. 

O uso do cigarro durante a gestação está associado ao aumento no risco de diversas intercorrências que podem ser: placenta prévia, ruptura prematura das membranas, descolamento prematuro da placenta, hemorragia no pré-parto, parto prematuro, aborto espontâneo, crescimento intrauterino restrito, baixo peso ao nascer, morte súbita do recém-nascido e comprometimento do desenvolvimento físico da criança. Além disso, pode causar má-formação fetal, abortamentos, mortalidade materna, natimortalidade e mortalidade neonatal. 

A fumaça do cigarro contém várias substâncias que interferem na divisão das células do embrião, podendo torná-lo inviável. Abandonar o hábito de fumar pode reverter parte desses danos, contudo, não os que já foram causados aos ovários e ao útero.

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