Astigmatismo atinge 60% dos brasileiros por falta de informação e insegurança, e dificultam adesão de pacientes e médicos a lentes de contato corretivas.

Um dos problemas de refração mais comuns é o astigmatismo, que atinge cerca de 60% dos brasileiros (1), um número superior à média mundial. Olhos astigmatas não formam a imagem em um único ponto focal na retina – camada mais interna do olho que é sensível à luz – fazendo com que as imagens sejam formadas em mais de um ponto e, por isso, acabam sendo interpretadas como “borradas”. O astigmatismo pode apresentar diferentes graus de intensidade e a correção é indicada mesmo para graus baixos, já que impedem uma visão nítida.

Até pouco tempo, a única forma de corrigir o astigmatismo era por meio de óculos. A boa notícia é que existem, hoje, lentes de contato corretivas capazes de resolver o problema e garantir ao paciente uma visão perfeita mesmo quando o uso dos óculos não é recomendado – como durante atividades físicas. Mas nem todos se beneficiam ainda: “Apesar do astigmatismo ser muito comum, é preciso levar mais informação à população sobre os métodos corretivos. Cerca de 22% dos pacientes não sabem que têm o problema e 12% acham que ele não é possível corrigi-lo”, afirma a oftalmologista Dra. Tatiana Souto.

Isso ocorre não só por falta de informação, mas também porque o astigmatismo pode estar associado com miopia e hipermetropia, o que pode confundir pacientes.

Além disso, os pacientes com a condição alegam não se adaptar ao uso de lentes de contato: cerca de 65% dos que abandonam a categoria têm astigmatismo (2). Isso acontece pois na maior parte dos casos ele não é corrigido da forma adequada, já que requer um tipo específico de lente de contato. Esses pacientes acabam usando lentes esféricas, indicadas para miopia, hipermetropia e presbiopia, quando deveriam usar lentes tóricas, próprias para o astigmatismo.

As lentes tóricas contam com uma tecnologia de estabilização que ajuda a posicioná-las corretamente e garantir uma correção eficiente em qualquer situação. Essas lentes, além de corrigir o astigmatismo, garantem aos pacientes conforto, estabilidade visual, hidratação ocular adequada e alto nível de proteção UV.

“É importante informar pacientes e médicos sobre os benefícios das lentes tóricas, já que cerca de 28% dos astigmatas não sabem que existem lentes próprias para a condição e 18% dos oftalmologistas não as prescrevem por não conhecerem a categoria ainda”. O desafio é o de incentivar pacientes com astigmatismo a conversarem mais à fundo com os seus médicos sobre o uso de lentes tóricas, que são muito bem aceitas por pacientes e médicos. Cerca de 78% de astigmatas que usam esse tipo de lente reconhecem a sua superioridade em relação às lentes esféricas (3) e 9 a cada 10 profissionais consideram as lentes tóricas fáceis de adaptar (4).

Lentes de contato

A escolha da lente de contato deve ser feita pelo paciente em conjunto com o oftalmologista e o uso deve ser acompanhado regularmente pelo médico. Para evitar desconforto e problemas oculares originados pelo mau uso, siga sempre as instruções de utilização e troca que acompanham o produto e são fornecidas pelo fabricante, além de seguir as recomendações extras fornecidas pelo oftalmologista. Não use lentes de contato se tiver infecção ocular ou desconforto, lacrimejamento excessivo, alterações da visão, vermelhidão ou outros problemas oculares.

Se um desses problemas ocorrer, entre em contato com seu oftalmologista imediatamente. Você nunca deve compartilhar as lentes de contato com outras pessoas. Para obter mais informações sobre uso, cuidados e segurança apropriados, consulte o guia de instruções ao usuário (fornecido com o produto) ou fale com seu oftalmologista.

Para corrigir o astigmatismo, condição que faz com que os olhos formem imagens em dois pontos focais, as lentes de contato têm de estar corretamente posicionadas sobre o olho e o ideal é que não girem. A maior parte das lentes procura garantir estabilidade por meio de prisma de lastro, com uma área mais grossa e pesada na sua parte inferior, que é puxada pela gravidade, ajudando a posicioná-las. Contudo, esse método pode apresentar problemas quando o paciente está em movimento, inclinado ou movendo os olhos muito rapidamente.


Dra. Tatiana Souto é oftalmologista da Johnson & Johnson Vision, o principal fabricante de lentes de contato do mundo. Desde ACUVUE®, marca que fez sua estreia em 1987 com a primeira lente de contato gelatinosa e descartável do mundo, a empresa tem, repetidamente, apresentado produtos inovadores e de alta qualidade para o setor. ACUVUE® traz soluções para correção de astigmatismo, miopia, hipermetropia e presbiopia e está nos olhos de cerca de 35 milhões de pessoas ao redor do mundo. www.acuvue.com.br.

Referências:

1 Ferraz FH, Corrente JE, Opromolla P, Padovani CR, Schellini SA. Refractive errors in a Brazilian population: age and sex distribution. Ophthalmic Physiol Opt. 2015 Jan;35(1):19-27.

2 Young G, Veys J et al. A multi-centre study of lapsed contact lens wearers. Ophthal Phsiol Opt 2002; 22: 516-527.

3 Cox SM et al. Efficacy of Toric Contact Lenses in Fitting and Patient-Reported Outcomes in Contact Lens Wearers. Eye & Contact Lens 2017 In press.

4 Data on file October 2017, ACUVUE® Brand Contact Lenses for ASTIGMATISM overall fitting success, orientation position, rotational stability and vision performance.

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