O uso de suplementações alimentares e hormonais é comum entre os entusiastas da vida saudável. Ele é indicado para quem quer obter benefícios como aumento ou diminuição do peso, mais disposição e melhorias no sono e no sistema imunológico.
Contudo, quando consumidos em excesso, esses aliados da saúde podem ocasionar problemas tão nocivos quanto doenças e disfunções do organismo, como no fígado e nos rins.
A intoxicação por suplementos nem sempre é grave e, na maioria das vezes, o exagero nas doses irá gerar desconforto e sintomas semelhantes aos de uma doença viral. Algumas pessoas apostam em maiores quantidades com a esperança de obterem resultados mais rapidamente ou de forma mais potente, o que não acontece.
Confira alguns suplementos que podem fazer mal à saúde quando consumidos em excesso:
1. Whey protein
No caso do whey protein, queridinho de quem deseja ganhar massa muscular, sua ingestão acima do recomendado pode causar cólica, náusea, dor de cabeça e perda de apetite. Nutricionistas apontam que a quantidade média ideal de consumo é entre 20 de 40 gramas diárias para adultos. Em casos mais graves, quando o uso da suplementação é somado a problemas de saúde, pode resultar em desequilíbrio nas funções do fígado e dos rins, levando à insuficiência renal.
2. Melatonina
Outro favorito de quem busca uma boa noite de sono é a melatonina. Por ser um hormônio produzido pelo corpo humano, ele vem sendo usado cada vez mais e, desde que entrou no rol de suplementos alimentares pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não é necessária a prescrição médica para seu consumo. Isso pode levar ao uso indiscriminado e causar muitos problemas ao organismo.
Além de gerar sonolência em horários indesejados, o uso excessivo do hormônio melatonina pode fazer a produção natural dele diminuir no organismo, causando dores de cabeça, tontura, náusea, confusão, irritabilidade e até mesmo leves sintomas de ansiedade e depressão. Embora estudos da Universidade de Campinas (Unicamp) mostrem efeitos positivos da melatonina na regulação do sistema cardiovascular, diminuindo a frequência cardíaca, pessoas hipertensas não devem tomar doses acima do recomendado.
3. Creatina
A creatina, assim como o whey protein, também é um suplemento popular entre pessoas que praticam atividades físicas de alta intensidade. Dentre alguns mitos, não é raro ouvir, por exemplo, que ela aumenta a retenção de líquidos, provoca queda capilar e é prejudicial à saúde cardíaca, entre outras inverdades.
No entanto, apesar de não haverem estudos conclusivos que comprovem efeitos colaterais do composto, há temores de que o uso contínuo e em grandes quantidades esteja associado a disfunções renais. O estudo The Effect of Creatine Intake on Renal Function sugere que as doses seguras da substância são de 3 a 5 gramas diárias.
4. Maltodextrina
A maltodextrina é mais um auxiliador na suplementação alimentar, por ser um carboidrato que é absorvido pelo organismo com rapidez, gerando energia para a realização de treinos intensos. O uso indevido dela, porém, pode resultar em ganho de peso, uma vez que os nutrientes serão convertidos em gordura. O suplemento também pode aumentar os níveis de glicose, por isso, pode fazer mal a diabéticos se ingeridos em quantidade indevida.
5. Ômega 3
O ômega 3, presente no óleo de peixe, é popular por sua ação anti-inflamatória e antioxidante, além de ser associado a melhoras na função cerebral e na memória. Embora tenha muitos benefícios, a ingestão desse suplemento não pode ser excessiva. Em altas doses, ele pode provocar aumento dos LDL, colesterol que pode causar entupimento de vasos cardíacos se encontrado em grande quantidade no organismo.
6. Vitamina D
Mais um suplemento perigoso quando ingerido em excesso é a vitamina D. Popularizada durante o período da pandemia de Covid-19 por auxiliar o fortalecimento do sistema imunológico e fortalecer os ossos, ela pode levar à hipercalcemia, que é quando há muita concentração de cálcio no sangue. Segundo dados ressaltados pela Vigilância de Saúde do Rio Grande do Sul, complicações decorrentes disso podem resultar em náusea, desidratação e insuficiência renal.
Com informações do Metrópoles
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