Cada vez mais, estímulos externos são responsáveis por desviar o foco das pessoas, mesmo quando o intuito é ter atenção: televisão ligada, aplicativos e mensagens subindo e descendo nas telas de computadores e dispositivos, pessoas falando no mesmo ambiente, ruídos e sons são apenas alguns dos muitos fatores que distraem um indivíduo. Seja em home-office ou no escritório, a concentração pode surgir e desaparecer num estalar de dedos.

Não há idade nem limites para treinar a capacidade da mente em manter o foco, de acordo com a psicóloga Aline Melo. “Podemos pensar em concentração como a possibilidade de o indivíduo manter sua atenção de forma voluntária em um determinado objetivo, sem permitir que estímulos externos o desviem desse foco”, comenta. 

“Seja pelo som de uma notificação ou por uma nova conversa que surgiu no visor do celular, nossas mentes sempre se conectam à possibilidade de dar uma pausa nos objetivos para dedicar um pouco de atenção a essas redes. O problema é que retomar o foco, após dez minutos navegando em aplicativos, é muito mais difícil e exige maior esforço, o que nos leva a perder mais tempo na finalização de nossas tarefas”, exemplifica a especialista. No ambiente profissional, que envolve regras, metas e objetivos próprios, esse cenário pode causar ainda mais impacto. 

De acordo com Aline Melo, para lidar com esses pontos, algumas estratégias podem ser adotadas: 

• Estabeleça para si mesmo um tempo para dedicar-se a determinada tarefa. Nesse período, silencie o celular; 
• Fones de ouvido podem ajudar a reduzir os barulhos externos; 
• Organizar seu ambiente de trabalho é sempre positivo; afinal, muita bagunça em sua mesa pode levar seus pensamentos para outros lugares e te distrair; 
• Esteja alimentado e confortável para a excussão de seus objetivos; 
• Recompensas são bem aceitas por nosso cérebro; assim, direcionar um período para a conclusão das tarefas e depois bonificar-se, seja com uma pausa para café ou olhadinha no celular, podem ajudar;
• Leia um livro ou assista a um filme e depois pratique contar a história a alguém – é um exercício que estimula não apenas a memória, mas a concentração;
• No tempo livre, invista em jogos capazes de estimular o raciocínio, como jogos de tabuleiro, caça-palavras, jogo da memória, quebra-cabeças, sudoku ou jogo das diferenças. 

Além disso, a psicóloga ressalta que a boa e velha lista de atividades segue positiva para direcionar a mente aos afazeres diários e semanais. “Um plano mental deve ser traçado com estratégias, horários e prazos, fazendo um checklist do que você já conseguiu resolver”, sugere. Assim, além da sensação positiva ao eliminar uma tarefa da lista, esse hábito possibilita uma visualização apurada dos tópicos restantes.

Manter bons hábitos de sono e uma boa alimentação, somadas à hidratação do corpo, são complementos para estimular o trabalho da mente. A meditação e atividades físicas, além de proporcionarem bem-estar físico e mental, estimulam o poder do foco. 

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