Inteligência em Gestão é um post através do qual, queremos alertar para questões de Boas Práticas, bem como dar nossa colaboração ao mercado de trabalho – tecnologia; em forte transição.

Neste novo contexto a orientação de Peter Drucker, certamente adquire uma renovada importância. Drucker (1993), no seu livro “Post-capitalist Society”, afirma que: …”a questão central para o executivo moderno é ser capaz de usar o Conhecimento para criar novos Produtos e Serviços”.

Algumas Considerações

Relatório da OECD apontava que, em 1998, mais de 50% do PIB dos países desenvolvidos advinha do uso do Conhecimento. Este relatório destacava, ainda, que a crescente redução dos custos e a facilidade de obtenção da informação apontam, claramente, para um aumento da participação do Conhecimento na geração de riqueza para organizações, regiões e países.

O estudo mostrava ainda que, ao mesmo tempo que o emprego no setor industrial caía, ele aumentava rapidamente em setores de alta tecnologia como Telecomunicações, Informática, Farmácia e no setor de Serviços. “O Conhecimento é, portanto, o novo motor da economia”. Lidar com este novo fator de produção é uma novidade e; formular uma nova teoria econômica para lidar com ele, é um grande desafio.

Inteligência Empresarial

Quando Drucker começou a estudar gestão de empresas, logo após a IIª. Guerra, um administrador era definido como “alguém que é responsável pelo trabalho e pelos subordinados”. Em suma: o “chefe”. Modernamente, Drucker sugere que esta definição mude para alguém que “é responsável pela aplicação e desempenho do Conhecimento”. Isto significa que a gestão passa, hoje, por usar o Conhecimento existente na organização para gerar melhores resultados. Os grandes ganhos de produtividade, daqui para frente, advirão das melhorias na Gestão do Conhecimento. Assim sendo, a sinergia entre Conhecimento, Inovação e Empreendimento; dá-se o nome de Inteligência Empresarial (*1).

Algumas Boas Práticas, na Era do Gestão do Conhecimento: (*2)

a) Trabalhando bem com as Informações de Mercado: usando técnicas de “benchmarking” que é um processo sistemático e contínuo de medida e comparação das práticas de uma organização com as das líderes mundiais, no sentido de obter informações sobre indicadores e boas práticas que possam ajudar a melhorar o nível de desempenho empresarial e dos projetos tecnológicos do P&D. Hoje há empresas, a exemplo da Dígitro Tecnologia S.A, que dispõe da “Solução Condor”que realiza de forma abrangente, automática e rápida: a pesquisa, a coleta e a organização das informações operacionais, táticas e estratégicas (importantes); junto ao mercado.

b) Trabalhando bem com as Informações Internas: usando com eficácia os “estoques” de – dados, informações e conhecimento”. Os gestores e suas equipes precisam organizar e hierarquizar e dar segurança a todo um escopo, abrangente e dinâmico (dados, informações e conhecimentos). Este conjunto complexo é a base sobre a qual ocorre todo o processo analítico decisório de uma organização. É importante que se ressalte, no entanto, que nos dias atuais, frente à massa de informações e dados empresariais é impossível fazer frente a tal desafio sem a utilização da tecnologia da informação (TI) que se tornou uma tecnologia inerente à gestão e ao processamento das informações empresariais. A ferramenta adequada é denominada ERP (Enterprise Resources Planning) que com sua estrutura de bancos de dados (BD´s) e relatórios é a ferramenta mais adequada para a organização e o tratamento destes “estoques” (informação e conhecimento) das empresas bem organizadas, desde pequenas empresas nacionais até as grandes empresas multinacionais.

c) Trabalhando bem com a Marca – a Imagem Institucional: As empresas nacionais, com raras exceções, subestimam a importância e a força da identidade corporativa, ou seja, de como a empresa está sendo vista pelos clientes. Para isto os conceitos de “marca”, “branding” e “design” são vitais. Vamos iniciar pela Marca, pelo conceito de “branding”, pois normalmente as grandes marcas estão associadas à garantia de qualidade e os consumidores tendem a assumir marcas como pontos de referência. Podemos ver isso acontecer diariamente com produtos nos mais variados segmentos. Todos eles trazem sempre consigo um nome, uma grife, uma marca fácil de ser lembrada e reconhecida. Fazer o consumidor recordar e reconhecer essa marca associando-a valores tão distintos, como integridade e beleza, é o grande desafio e o diferencial que podemos chamar de “a alma do negócio”. Reforçar essa imagem junto ao consumidor não é uma tarefa fácil, pois requer uma verdadeira concentração de esforços, tempo para consolidação e muito investimento. O “branding” tem justamente o propósito de fazer com que as pessoas façam uma associação positiva de um determinado produto/serviço com determinada marca, persuadindo sua escolha e reforçando o valor e a satisfação que esse consumidor terá ao adquiri-lo.

d) Trabalhando bem com as Pessoas – colaboradores e parceiros: Por conta das exigências tecnológicas e da necessidade de antecipar-se às descontinuidades em mercados, processos, produtos ou serviços; negócios cada vez mais estão centrados na geração de ideias. É na ação integrada dos talentos humanos (próprios ou parceiros) é que vamos criar diferenciais competitivos. Devemos premiar a competência e o comprometimento – “valor agregado / colaborador” (próprio ou parceiro), é o melhor termômetro desta realidade. “Descobrimos assim, que cultivar a inteligência, é literalmente o oposto de bajular as pessoas e infinitamente mais barato que tocar os negócios exclusivamente com a força do capital” (MÖELLER, C., 1996).

É claro que o ABCD acima não cobre todas as possibilidades e estratégias que a complexidade da Pós-Modernidade está a exigir. Como falamos no início, este post buscará apenas gerar alguns alertas sobre Boas Práticas de gestão empresarial tática e estratégica. Para aprofundar o tema recomendo a aquisição e leitura de meu Livro de Gestão.

(*1) Fonte / Artigo: “Inteligência Empresarial: Um Novo Modelo de Gestão para a Nova Economia” – M. Cavalcanti /COPPE-UFRJ  &  E. Gomes /CNEN-DPD – (Maio/2010).
(*2) Fonte / Livro: “Gestão de Empresas de Software / Hardware – EBTs – Eng. S. Kappel – (Ed. Ciência Moderna .. Set./2010).

Sergio é engenheiro eletrônico PUC-RS/1979, especialista em Treinamento Profissional (UFRGS/1981), MBA em Gestão Estratégica de Empresas (UFSC-FEPESE/2001) e mestre em Engenharia de Produção / UFSC 2003 – Dissertação / Tema: “Estudo exploratório sobre as práticas gerenciais nas EBTs industriais de base tecnológica da região da Grande Florianópolis à luz da gestão do conhecimento”. Fpolis / Brasil, 108 fls. Atuação profissional de mais de 30 anos atuando em cargos técnicos, de coordenação e em cargos executivos (gestão) em empresas do porte de Cia. Souza Cruz, RBS/Rede Brasil Sul de Comunicação, NTS – Núcleo de Tecnologia de Software, Dígitro Tecnologia, Grupo Specto de Tecnologia, entre outras. Vivência prática com ferramentas e metodologias BSC e de GC (Gestão do Conhecimento), com artigos publicados e coordenação de projetos empresariais e do FINEP. Em 2013 atuei com consultor “Ad Hoc” para avaliação de Projetos da FAPESC. Atuação como professor universitário (SENAC 2005 / 08) e Faculdades Borges de Mendonça (2012). Exemplos de disciplinas ministradas: SENAC: Governança de TI, Sistemas de Informações e Avaliação de Projetos Integradores e BM: TI para Administração e Gestão da Informação & Conhecimento. Autor do Blog: www.escolatrabalhoevida.com.br
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