Em um mundo onde a busca por igualdade e respeito é cada vez maior, a declaração de Caio Castro sobre o incômodo em ter que pagar a conta movimentou as mídias sociais, e continua causando discussões em várias rodas de conversas e reuniões empresariais, inclusive.

Muitas mulheres, e homens, se indignaram, achando um absurdo o ator não querer pagar a conta. Mas será que é um absurdo mesmo?

Antes de tecer qualquer comentário, vamos analisar a fala inteira, não apenas o corte:

“Me incomoda muito a sensação de ter que pagar [a conta]…faço questão de te chamar pra jantar, vou banheiro, pago a conta… não chegou nem conta… já está tudo certo e pronto… faço questão de fazer essas coisas…agora, pediu a conta, não se mexeu, não perguntou, como se eu tivesse esse papel, você não é minha filha.”

O que incomoda neste caso é a quantidade de mulheres indignadas com o fato o homem não querer pagar a conta. As mesmas mulheres que lutam por igualdade, com razão, ficam indignadas com o fato de dividir uma conta de jantar. Parece um pouco sem sentido.

Ainda que seja agradável receber uma gentileza, e que ao código de conduta usual seja que a conta seja paga por quem convida, não há regra de etiqueta ou obrigação do homem pagar a conta.

Caso seja o primeiro encontro, é de bom tom, o homem, ou a mulher, que convidou levar seu par em um estabelecimento onde ele ou ela possam arcar com os custos daquele momento. E claro, a outra parte deve se oferecer para ajudar a pagar sempre. Esta regra muda de acordo com o padrão social do casal.

O fato é que, muitas das pessoas que ouviram somente o corte do vídeo se revoltaram porque não gostaram da atitude do ator. Mas quem brada por igualdade tem que ser coerente, tem que se oferecer para dividir, pelo menos.

Foto: Reprodução/ Getty Imagens

Gentileza gera gentileza? Certamente.

O que absolutamente não faz sentido é a mulher clamar por igualdade, falar mal de ambientes masculinos, lutar corretamente por salários igualitários e posições em empresas, dizer-se feminista aos quatro cantos e não se manifestar, e pior, fazer cara de paisagem, quando chega a conta.

A coerência, a consistência e a verdade fazem parte de todo relacionamento duradouro e próspero.

E qual é o certo? O certo é o combinado entre o casal. O que vale mesmo é estar com quem se ama, tomar as decisões de acordo com sua própria vontade e de seu parceiro ou parceira, de preferência não se pautar por movimentos coletivistas, ficar bem e ser feliz.

E como diz a maravilhosa Rita Lee:
“A gente troca
A gente troca de lugar
A gente brinca
A gente brinca de brigar
Chora de rir
Fica de mal
Coisas de casal”

Executiva do mercado de tecnologia, esposa, mãe de gêmeos, amante de uma boa conversa e um bom vinho. Em sua trajetória profissional trabalhou para as maiores empresas de tecnologia do mundo, onde teve a oportunidade de interagir com profissionais de diferentes culturas, o que moldou sua visão de gestão. Pós-graduada em marketing, formação de diretores pelo IESE/ISE, curso livre no INSPER, inúmeros cursos online e buscando os próximos. Estudar e colocar em prática é sua paixão. Sempre acreditou no poder do estudo e no trabalho para fortalecer e transformar o indivíduo. Você pode encontrá-la nas redes sociais como @glaumaurano.
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