Não é novidade que muita gente luta para largar um mau hábito. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 3% da população global lida com algum tipo de dependência, seja química ou comportamental. Aqui no Brasil, o cenário não é diferente: o Ministério da Saúde indica que um em cada cinco adultos tem dificuldade em controlar um comportamento nocivo, como fumar, beber demais ou passar horas nos eletrônicos. Diante dessa realidade, abordagens como a hipnoterapia têm se destacado como um apoio importante para quem busca virar a chave contra vícios e compulsões.

Segundo o hipnoterapeuta Renê Skaraboto, a técnica vai direto ao ponto, mexendo nos padrões mentais que sustentam esses comportamentos repetitivos. “A hipnoterapia nos ajuda a acessar o subconsciente, que é onde guardamos nossas crenças mais antigas e os gatilhos emocionais. Quando a pessoa entende de onde o hábito vem, ela, literalmente, reassume o controle das próprias escolhas”, explica Renê.

Como funciona?
Durante as sessões, o terapeuta guia o paciente a um estado de profundo relaxamento, tornando a mente mais aberta para receber novas ideias e sugestões positivas. “O objetivo não é simplesmente deletar uma lembrança, mas dar um novo significado a ela. Assim, a pessoa aprende a trocar a reação compulsiva por atitudes mais saudáveis e conscientes”, completa Skaraboto.

Essa abordagem tem encontrado respaldo. Estudos recentes da American Psychological Association (APA, 2024) sinalizam que a hipnoterapia tem uma boa eficácia como terapia complementar para casos de vícios leves e moderados, principalmente quando trabalhada junto com o acompanhamento médico e psicológico.

O tratamento é sempre sob medida, e o número de encontros muda bastante de uma pessoa para outra. Um ponto forte do método é que ele ensina o paciente a praticar a autoconhecimento, uma ferramenta poderosa para manter o autocontrole no dia a dia.

Para concluir, Renê Skaraboto resume: “Quando entendemos a hipnoterapia de forma séria e responsável, ela deixa de ser vista como algo misterioso ou místico e passa a ser reconhecida pelo que realmente é: uma ferramenta legítima de transformação pessoal.”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *