Ganhar massa muscular é um dos grandes desafios de quem está na rotina de atividade física. O que poucos sabem é quem um dos grandes aliados neste processo é produzido pelo próprio corpo: a insulina. Muitas vezes relacionado apenas ao controle do diabetes, o hormônio tem papel fundamental na pro produção de músculos. Para isso, no entanto, é preciso fugir de dietas restritivas e jejuns prolongados.

A médica do exercício e do esporte, Silvana Vertematti, explica que a insulina é um hormônio anabólico, mas pode ter função positiva ou negativa, tudo depende dos alimentos presentes na rotina alimentar. “Caso a pessoa opte por comer pouca proteína, muito carboidrato de qualidade ruim, o resultado não vai ser o esperado. Por isso, é preciso pensar em uma alimentação balanceada e equilibrada”, comenta a médica.

No cardápio, diferente do que muitos escolhem, o carboidrato tem destaque e é essencial para que o hormônio consiga desempenhar seu papel positivo. Essa biomolécula, associada a insulina atuam na finalização celular, permitindo que a proteína entre no músculo a ser produzido. Segundo a médica, essa relação é essencial para compreender o risco de dietas restritivas e de longos períodos de jejum.

“ Quando a pessoa opta por ficar sem comer por muito tempo ou excluí o carboidrato de boa qualidade da rotina alimentar, temos uma inibição da insulina e a produção do glucagon, que é um hormônio antagônico da insulina e de estresse. Ele ajuda no emagrecimento, no entanto, realizando algo contrário do desejado, com perda de massa muscular, quebrando esse processo importante”, atenta.

O segredo é mais simples do que pode imaginar: equilíbrio. Uma alimentação balanceada, com boa porcentagem de carboidratos, proteína e gordura- todos de boa qualidade, aliado aos exercícios adequados, é um grande passo para a produção de massa muscular. De forma geral, a médica aconselha uma composição de 60% de carboidratos e 40% de proteína.

“Assim como enfatizado, esses alimentos devem ser de boa qualidade, portanto, carboidratos provenientes de frutas, integrais, com baixo índice glicêmico. Proteínas, não só de carne, mas também das leguminosas como lentilha, feijão, ervilha, ovos e lácteos. Sem esquecer, claro, de um acompanhamento profissional com nutricionista e médico do exercício e esporte para um olhar individualizado, focando nas necessidades e saúde de cada paciente”, conclui.

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