A influenciadora Fernanda Lacerda, popularmente conhecida como “Mendigata”, surpreendeu seus seguidores ao compartilhar um vídeo em uma rede social, onde aparece consumindo sua própria placenta após o parto do seu filho. Na gravação, ela argumenta que essa prática pode beneficiar a produção de ferro, ajudar no combate à anemia e contribuir para uma melhor lactação. Fernanda deu à luz seu bebê no último sábado, dia 28 de outubro, e divulgou a emocionante notícia através de seus stories.

Nos últimos anos, houve um aumento na popularidade do consumo da placenta após o parto – a prática é conhecida como placentofagia – com a crença de que essa prática pode trazer benefícios para a saúde da mãe. No entanto, é importante separar os mitos dos fatos e entender os potenciais riscos associados a essa tendência controversa.

  1. Mitos e Supostos Benefícios: Algumas pessoas acreditam que consumir a placenta pode ajudar a prevenir a depressão pós-parto, aumentar os níveis de energia e melhorar a produção de leite materno. No entanto, não há evidências científicas sólidas que comprovem esses benefícios. Muitos estudos sobre os efeitos positivos são anedóticos e não baseados em pesquisas rigorosas.
  2. Riscos de Contaminação: A placenta é um órgão biológico que pode abrigar bactérias, vírus e toxinas. Se não for preparada e consumida adequadamente, há um risco significativo de contaminação. A falta de higiene durante o processo de preparação pode levar a infecções graves, colocando a saúde da mãe em perigo.
  3. Falta de Regulamentação: O processo de preparação da placenta para consumo não é regulamentado em muitas áreas. Isso significa que não há padrões de segurança estabelecidos, o que aumenta o risco de contaminação. Sem regulamentação, é difícil garantir que o produto final esteja seguro para o consumo humano.
  4. Possíveis Efeitos Adversos: Além dos riscos de contaminação, algumas mulheres relataram efeitos colaterais desagradáveis após consumir placenta, como náuseas, vômitos e desconforto gastrointestinal. Embora esses efeitos não sejam universais, eles destacam a variabilidade nas reações das pessoas a esse tipo de prática.
  5. Efeito Placebo: Parte dos supostos benefícios relatados por mulheres que consumiram placenta pode ser atribuída ao efeito placebo, onde a melhoria percebida é mais psicológica do que física. O poder da mente pode influenciar fortemente a percepção dos sintomas e do bem-estar, levando as pessoas a acreditar que estão experimentando benefícios reais.

Em conclusão, enquanto o consumo de placenta pode parecer uma prática natural e benéfica para algumas pessoas, é crucial considerar os riscos envolvidos. A falta de evidências científicas sólidas, a possibilidade de contaminação e a ausência de regulamentação são preocupações sérias que devem ser levadas em conta. Antes de decidir consumir placenta, é aconselhável discutir essa escolha com um profissional de saúde para tomar uma decisão informada e segura sobre a saúde da mãe e do bebê.

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