A cocada é um doce à base de coco muito consumida no mundo, principalmente na América Latina e em alguns países da África, como a Angola. Sua receita, por ser simples, abre possibilidade para a criação de diversas variações, sendo uma das mais comuns a versão com leite condensado. Fácil de fazer, essa iguaria popular pode ser encontrada nas formas mole, de colher, assada e cremosa.

Não se sabe quem a criou, mas a receita veio para o Brasil durante o período da escravidão. A região onde hoje fica o estado da Bahia, ajudou a popularizar o doce no país. Segundo o professor de gastronomia, Antônio Gomes, o coco não era nativo do Brasil, sendo oriundo do Sudeste Asiático e trazida pelos próprios escravos. “Essa fruta se tornou uma das mais abundantes das terras baianas, e era muito saborosa. Então os colonos tinham todos os incentivos para explorarem seu potencial. Não chegou a ser como o açaí, lá no Norte, ou o feijão, aqui no Nordeste, mas várias comidas começaram a levar o fruto dos coqueiros como acompanhamento, ou até mesmo ingrediente principal. Esse foi o caso da cocada”, conta Antônio.

A popularidade não se restringe apenas ao hemisfério sul. Na Europa, por exemplo, a cocada cremosa é uma iguaria procurada, principalmente, por aqueles que nunca tiveram a chance de vir ao Brasil. A empresa Magia da Bahia é uma das mais conhecidas no ramo de exportação do doce, indo a lugares como Portugal, Espanha, Japão e Estados Unidos, além de vários países africanos, onde a demanda pela sobremesa é alta.

A receita original, feita com coco, água e açúcar, se mantém até hoje, porém, outras versões acabaram ganhando força. “Ficou muito comum vermos ambulantes vendendo a cocada com leite condensado ou maracujá, e a forma de preparo é muito simples. Primeiro, a gente junta o coco, o leite e o açúcar e colocamos tudo numa panela, misturando bem. Depois que o caldo endurecer e começar a soltar, podemos acrescentar manteiga. Despejamos em uma superfície com um pouco de óleo e deixamos o doce esfriar. Por último, é só cortar em pequenos pedaços e servir ou embalar. O melhor é que vende muito bem porque os brasileiros amam”, conclui Antônio.

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