Um novo estudo do Instituto Max Planck para Biologia Cibernética (Alemanha) descobriu que não há diferença entre homens e mulheres no que diz respeito às suas reações a estímulos sexuais visuais.

Em outras palavras, homens e mulheres têm reações cerebrais parecidas quando assistem pornografia, embora homens costumem afirmar que assistem muito mais do que mulheres.

Isso pode ser devido ao estigma, pois, certamente, não tem nada a ver com biologia.

O estudo

Existe um certo senso comum de que homens ficam mais excitados com estímulos visuais, enquanto as mulheres precisariam de um certo envolvimento emocional antes de ficarem sexualmente excitadas.

A nova pesquisa não parece confirmar isso. O cientista Hamid Noori decidiu revisar nada menos que 61 estudos incluindo escaneamentos cerebrais de cerca de 2.000 homens e mulheres enquanto eles assistiam à conteúdo pornográfico.

Anteriormente, alguns desses estudos foram criticados por utilizarem métodos pouco confiáveis, tirando conclusões a partir de diferenças muitas pequenas que poderiam ser aleatórias ou pouco esclarecedoras.

Para evitar considerações precipitadas e vieses preconceituosos (como considerar qualquer pequena diferença como indicando que homens são mais facilmente visualmente excitados), Noori analisou novamente todos os escaneamentos, concluindo que não há diferença geral entre a reação de homens e mulheres a imagens estimulantes sexuais.

Estigma

Vale observar que os resultados não provam que homens e mulheres reagem de forma idêntica à pornografia – os scanners mostram apenas atividades cerebrais a nível de grandes estruturas anatômicas, de forma que podem, haver diferenças a nível de células cerebrais que não puderam ser contabilizadas.

“Existem diferenças de comportamento – o número de homens que acessam sites pornográficos é de aproximadamente 80% dos consumidores. Mas homens e mulheres respondem da mesma forma no nível do cérebro a estímulos sexuais visuais. O que fazemos depois é o que causa a diferença”, resumiu Noori ao New Scientist.

Segundo David Ley, terapeuta sexual no centro de pacientes New Mexico Solutions, pode ser que mulheres assistam menos à pornografia simplesmente por conta do preconceito, uma vez que “mulheres podem ser tão visuais quanto os homens, se assim for permitido”.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. [NewScientist]


Fonte: Hypescience

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