A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, reacendeu o alerta sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer colorretal — doença que, quando descoberta em fases iniciais, tem grandes chances de cura, mas que, em estágios avançados, pode ser agressiva e de difícil controle. Diagnosticada em 2023, Preta passou por cirurgias, quimioterapia, radioterapia e tratamentos experimentais. Apesar da luta intensa e do otimismo com que enfrentou o processo, ela não resistiu às complicações de uma metástase avançada.

O câncer colorretal, que afeta o intestino grosso e o reto, é um dos tipos mais comuns no Brasil e no mundo, mas também é um dos mais preveníveis. Em muitos casos, ele começa com pequenos pólipos — lesões benignas que podem ser removidas antes de se tornarem malignas. Para isso, a chave está na detecção precoce, feita por meio de exames de rotina, especialmente a partir dos 45 anos, ou mais cedo se houver histórico familiar da doença.

Confira abaixo os principais exames que ajudam a detectar o câncer colorretal:


Colonoscopia

  • Exame mais eficaz na detecção precoce.
  • Permite visualizar o intestino por dentro e remover pólipos antes que virem tumores.
  • Recomendada a partir dos 45 anos ou antes, dependendo do histórico familiar.

Pesquisa de sangue oculto nas fezes

  • Detecta sangue não visível nas fezes, que pode ser um sinal precoce da doença.
  • Simples, não invasivo e usado como exame de triagem.

Toque retal

  • Exame físico feito pelo médico, especialmente em homens acima de 50 anos.
  • Pode identificar alterações suspeitas na parte final do intestino.

Exames de imagem (tomografia, ressonância magnética e PET scan)

  • Auxiliam na avaliação da extensão do tumor e na presença de metástases.
  • Importantes no planejamento do tratamento em casos já diagnosticados.

Marcadores tumorais (como CEA e CA 19-9)

  • Exames de sangue que ajudam a acompanhar a evolução da doença e possíveis recidivas.
  • Não servem como exame de triagem isolado, mas são úteis durante o tratamento.

Preta Gil, mesmo diante da gravidade da doença, usou sua visibilidade para falar abertamente sobre saúde, prevenção e autocuidado. Sua história serve como um alerta: ao perceber sintomas como sangue nas fezes, mudanças no hábito intestinal, perda de peso sem motivo aparente ou dores abdominais persistentes, é fundamental procurar um médico e investigar. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.

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