O mês de julho é voltado para a conscientização de hepatites virais, infecções que atingem o fígado causando alterações leves moderadas ou graves e podem levar à morte, mas é necessário ficar atento(a) aos sinais todos os dia do ano. Só no Brasil, estima-se que uma em cada 33 mortes é causada por alguma doença no fígado, segundo um levantamento minucioso realizado por pesquisadores mineiros e publicado no periódico científico britânico The Lancet Regional Health. O grande problema é que as doenças no fígado nem sempre apresentam sintomas claros e podem ser muitas vezes silenciosas, de acordo com a cirurgiã-dentista especialista em saúde integrativa, dra. Sandra Chagas. Ela explica ainda que a alimentação desempenha um papel importante na saúde do órgão e na prevenção de doenças hepáticas.

De acordo com a especialista, os principais sinais de um fígado inflamado é a fadiga, náuseas, vômitos, dor abdominal, distensão abdominal e icterícia. Ela diz que, primeiramente, é preciso verificar se a pessoa sofre com algum desses sintomas por um período recorrente. “A maioria dos sintomas nem sempre têm uma causa aparente, mas se você sente algum desses com frequência, seu fígado pode estar dando sinais de inflamação ou toxificação. Por isso, é importante fazer a limpeza do fígado com frequência”, diz a dra. Chagas.

A especialista explica que quando o vírus da hepatite entra no corpo, ele se dirige ao fígado, infectando suas células. Cada tipo de vírus tem um modo de transmissão e uma maneira específica de infectar as células hepáticas. A hepatite A, por exemplo, é transmitida por água ou alimentos contaminados, enquanto a hepatite B, é transmitida por sangue infectado ou relações sexuais. A hepatite C, também é transmitida por sangue infectado, enquanto a D, acomete apenas em pessoas já infectadas com a hepatite B. Por fim, a E é transmitida por água contaminada.

De acordo com a dra. Sandra, como essa doença acomete o fígado, é de extrema importância fazer uma limpeza do órgão para prevenir e tratar as doenças hepáticas. Ela sugere alguns alimentos aliados nesse propósito. Confira.

Chá de Boldo

O chá de boldo é conhecido por suas propriedades desintoxicantes, que ajudam a eliminar toxinas acumuladas no fígado promovendo a sua limpeza. “A boldina, um dos compostos ativos presentes no boldo, estimula a produção de bile. A bile é essencial para a digestão e absorção de gorduras, além de ajudar na eliminação de substâncias tóxicas”, diz dra. Sandra.

Alcachofra

A alcachofra é uma planta conhecida por seus diversos benefícios à saúde, especialmente em relação à saúde do fígado. Ela tem sido usada tradicionalmente na medicina natural para tratar problemas hepáticos e digestivos.

“A alcachofra contém cinarina, um composto que estimula a produção de bile e ajuda a reduzir os níveis de colesterol do sangue. Além disso, é uma planta rica em antioxidantes, como a silimarina e os flavonoides, que ajudam a proteger as células hepáticas contra os danos causados pelos radicais livres”, diz a especialista.

Silimarina

A silimarina é um composto extraído das sementes do cardo-mariano, que inclui silibina, silicristina e silidianina. A silimarina atua como uma barreira contra várias toxinas que podem danificar o fígado, incluindo álcool, medicamentos e substâncias químicas tóxicas.

Outro benefício da silimarina é que ela ajuda a prevenir a formação de fibrose, uma condição em que o tecido hepático normal é substituído por tecido cicatricial, o que pode levar à cirrose.

Alecrim

O alecrim é uma erva aromática amplamente utilizada tanto na culinária quanto na medicina tradicional. “Ele é rico em compostos antioxidantes, possui propriedades anti-inflamatórias, facilita a digestão e estimula a produção de bile. Além disso, ele pode ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue e seu consumo regular reduz o estresse oxidativo no fígado”.

Cúrcuma

Por fim, a cúrcuma é uma especiaria que faz muito bem para a saúde do fígado. Seu principal componente ativo é a curcumina, um poderoso antioxidante que ajudar a desintoxicar o fígado. Ela ajuda a aumentar a produção de enzimas e estimular a regeneração das células hepáticas.

O consumo regular de cúrcuma pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver doenças hepáticas crônicas, como a hepatite e o fígado gorduroso não alcoólico.

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