Classificada como a “pior dor do mundo” por quem já recebeu o diagnóstico da doença crônica, a Neuralgia do Trigêmeo é uma síndrome que causa dores fortes no rosto, em geral, em regiões específicas e em apenas um dos lados. A sensação que as pessoas têm com essa patologia é de pontadas, choques ou queimação no local atingido.
De acordo com a Dra. Danielle de Lara, neurocirurgiã, após receber o diagnóstico da doença, a pessoa passa a sentir as dores realizando hábitos comuns durante o dia. “Normalmente, a dor é sentida com ações simples, como escovar os dentes, mastigar, falar, beber água ou até mesmo um toque na região”, detalha.
A neurocirurgiã explica que a Neuralgia do Trigêmeo pode surgir de duas formas. “Existem duas possibilidades de ter esta doença crônica. A primeira aparece com a compressão neurovascular a partir de um posicionamento anormal da artéria, que acaba comprimindo o nervo. A segunda possibilidade ocorre com uma predisposição genética”, afirma.
Para tratar a síndrome, Danielle recomenda o uso de alguns medicamentos, mas aponta que a depender do desenvolvimento da doença, um procedimento neurocirúrgico pode ser realizado. “Os medicamentos devem ser de uso diário, por se tratar de uma doença crônica. Anticonvulsivantes são os mais comuns para tratar a neuralgia, e remédios que reduzem os espasmos musculares e antidepressivos tricíclicos podem ser efetivos. Caso os medicamentos não correspondam e dependendo da gravidade do caso, é necessário uma intervenção cirúrgica”.
*Importante lembrar a não se automedicar. Em caso de sintomas, procure um médico.
Caso Carolina Arruda
Nos últimos dias viralizou a história da veterinária mineira, Carolina Arruda, de 24 anos, que foi diagnosticada há 11 anos com Neuralgia do Trigêmeo Bilateral. Após realizar quatro procedimentos cirúrgicos, a paciente segue sentido as fortes dores diariamente, e por isso, tomou a decisão de realizar uma operação de Eutanásia.
De acordo com o relato da veterinária, atualmente ela vive à base de morfina, juntamente com o tratamento com canabidiol, mas que não aliviam as dores. Proibida no Brasil e considerada como ‘suicídio assistido’, o processo de Eutanásia da mineira terá de ser realizado fora do país, em locais que são permitidos este tipo de procedimento, como na Suíça, onde Carolina pretende fazer.
O caso de Carolina Arruda ainda está em andamento.
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