Também conhecido como cisto ovariano, o cisto de ovário é uma bolsa cheia de líquidos que fica instalado no interior ou ao redor do ovário. Se não tratado, pode causar desconfortos à mulher e dificultar a gravidez. Estima-se que uma em cada três mulheres terá cisto no ovário em algum momento de sua vida.

Segundo o especialista em adenomiose, endometriose e mioma, Dr. Thiers Soares, apesar de as mulheres se assustarem com o diagnóstico, os cistos nos ovários podem ser facilmente tratados e podem ter uma boa evolução caso sejam acompanhados constantemente nas consultas médicas.

Abaixo, o especialista lista mitos e verdades sobre cistos ovarianos:

“Cisto de ovário tem cura” – Verdade

Na maioria dos casos, não é preciso tratamento, o qual é indicado apenas o acompanhamento com o médico ginecologista. Em outras circunstâncias, o cisto ovariano pode ser tratado com o uso de anticoncepcional, que também deve ser ministrado de acordo com recomendação médica. 

Quando o cisto causa algum sintoma e apresenta um volume maior, o médico pode indicar a realização de cirurgia para a retirada do cisto ou do ovário, principalmente quando existe suspeita de tumor ou torção do ovário.

“Cisto de ovário causa infertilidade” – Mito

Os cistos de ovários não estão associados à infertilidade, mas podem causar dificuldades para engravidar, devido a alterações hormonais. 

“Cisto no ovário é sinal de câncer” – Mito

Boa parte dos cistos no ovário são casos benignos. Nesse caso, só é recomendada a retirada quando há algum desconforto para a paciente. Porém, quando há características que indicam malignidade, o médico pedirá exames complementares e indicará o tratamento mais adequado. Segundo o Dr. Thiers Soares, menos de 1% dos cistos de ovário representam um tumor maligno. Além disso, nas mulheres em idade fértil, o tumor de ovário não é comum.

“Existem diversos tipos de cistos ovarianos” – Verdade

Dentre os principais tipos de cistos que as mulheres podem desenvolver estão o funcional, endometrioma, dermoide e cistoadenoma. O cisto funcional é o tipo mais comum. O surgimento ocorre quando os folículos não se rompem durante o ciclo menstrual e não expele o óvulo no seu interior. Dessa forma, o cisto cresce. Ele é identificado normalmente via exames de imagem e pode desaparecer em poucos meses, sem tratamentos ou intervenções.

O endometrioma, normalmente, é encontrado em mulheres que sofrem com a endometriose. Este tipo de cisto tem como forte característica um líquido escuro e sanguinolento – com aspecto achocolatado, por conta da presença do tecido do endométrio. É identificado a partir de exames de imagem e precisa de acompanhamento médico.

Já o cisto dermoide cresce lentamente – podendo alcançar até mais de 10cm de diâmetro – e pode apresentar pelos, cabelos e até dentes. Normalmente, esse é o tipo que mais causa torção de ovário. O tratamento é realizado especificamente por vias cirúrgicas – nesse caso, a cirurgia minimamente invasiva é a via mais indicada.

E, por último, o cistoadenoma, que possui características muito parecidas com o cisto funcional – porém, como é persistente e reaparece, na maioria das vezes, requer a remoção cirúrgica. O cisto é formado pelo tecido que reveste o ovário e pode provocar diversas outras lesões na região, como uma torção, por exemplo. O tratamento é exclusivamente feito a partir de cirurgias e o surgimento pode ocorrer em qualquer idade. 

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