No início deste mês de dezembro, fãs da cantora Anitta ficaram chocados ao descobrir que a diva pop foi infectada pelo vírus Epstein-Barr e que ela poderia ter desenvolvido Esclerose Múltipla, doença degenerativa inflamatória crônica que faz com que o sistema imunológico ataque os neurônios, afetando a estrutura e o funcionamento de células essenciais para o funcionamento do corpo humano. A revelação foi feita pela própria Anitta, através do documentário “EU” de Ludmila Dayer, atriz que também foi infectada pelo vírus e desenvolveu a doença. Ao longo da peça audiovisual, ambas artistas buscam desmistificar a Esclerose e explicar quais são os sintomas, o tratamento e as fases da doença.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que, em todo o mundo, existam cerca de 2,8 milhões de pessoas com Esclerose Múltipla, o que representa 1 a cada 3.000 pessoas em idade adulta. Apesar de ser uma condição temida por todos, poucos sabem ao certo como são os principais sintomas da doença e menos ainda que cerca de 90% da população adulta mundial já foi infectada pelo vírus Epstein-Barr, transmitido pela saliva – através de atos do dia a dia como o beijo – o qual, segundo cientistas da Universidade de Harvard, pode causar Esclerose naqueles que possuem predisposição genética à condição.

Em seu depoimento no documentário, Anitta reforçou a importância do diagnóstico precoce para que ela conseguisse refrear o desenvolvimento das doenças causadas pelo Epstein-Barr. “A Ludmila Dayer contou como foi diagnosticada com Esclerose Múltipla e no dia seguinte eu tive a notícia terrível de que estava com o mesmo vírus e grudei nela. Se eu estou falando, caminhando, respirando, vivendo, é pelo quanto ela me ajudou. Eu não acredito mais em coincidências. Pela Ludmila e tudo o que ela me apresentou, conseguimos parar [o vírus] no começo”, destacou a cantora. 

Tendo em vista a importância do diagnóstico precoce mencionado por Anitta, ganha destaque também o reconhecimento de sintomas da própria Esclerose Múltipla e a necessidade de procura imediata de um especialista na área médica para otimizar o tratamento contra a doença, como o documentário de Dayer visa demonstrar. A seguir, você confere os principais sintomas da Esclerose Múltipla e o que fazer quando eles aparecerem.

Quais os sintomas mais comuns?

Durante suas fases iniciais, a Esclerose Múltipla tende a ser silenciosa, apresentando sintomas ondulares, que surgem e desaparecem naturalmente, fazendo com que a pessoa imagine se tratar de um mal passageiro. Os sintomas de esclerose múltipla variam amplamente, dependendo da quantidade de danos e de quais nervos foram afetados, sendo os mais comuns:

  • Visão Turva ou Perda da Visão;
  • Fala Anasalada;
  • Fadiga;
  • Fraqueza;
  • Tontura ou Vertigem; 
  • Perda de força muscular;
  • Formigamento nas extremidades do corpo;
  • Sensação constante de dormência nas pernas;
  • Dificuldade de equilíbrio;
  • Visão dupla;
  • Perda de memória;
  • Dificuldade para raciocinar e resolver problemas;
  • Depressão ou sentimentos de tristeza;
  • Espasmos musculares;
  • Dificuldades cognitivas;
  • Impotência sexual;
  • Dificuldade em controlar a urina.

Existem muitos outros sintomas de esclerose múltipla, e os sinais podem variar em cada pessoa, por isso, é preciso estar atento e, ao menor sinal de que algo não está bem em seu organismo, procurar por atendimento médico. Alguns sinais que indicam a Esclerose podem ir e vir, enquanto outros são permanentes e podem ser confundidos com outras doenças. O diagnóstico precoce possibilita o início imediato do tratamento e dos cuidados necessários para amenizar os sintomas e impedir que a doença se agrave com rapidez, garantindo a qualidade de vida do paciente por mais tempo e impedindo o surgimento da cadeia de sequelas por anos. 

Como são os tratamentos?

Primeiramente, cabe ressaltar que não há cura para a Esclerose Múltipla. Os tratamentos disponíveis são para controlar os sintomas apresentados pelo paciente, para impedir a evolução da doença ou que ela afete mais neurônios. Para os pacientes que tiveram o lado motor afetado, por exemplo, o tratamento indicado é comumente um acompanhamento fisioterápico complementar.

Qual o médico responsável?

Por ser o especialista em doenças do sistema nervoso, o médico neurologista é  responsável por realizar o diagnóstico de esclerose múltipla, além de identificar estratégias de tratamento e realizar o acompanhamento do paciente. É importante destacar, no entanto, que o tratamento da esclerose múltipla é multidisciplinar, podendo abranger, além do neurologista, enfermeiros, fisioterapeutas, educadores físicos, fonoaudiólogos, psiquiatras, psicólogos entre outras especialidades, dependendo da necessidade de cada paciente.

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