A vacina contra a covid-19 feita pela Pfizer/BioNTech teve como resposta uma ação imunológica mais fraca em pessoas acima dos 80 anos do que naquelas com idade igual a 60 anos ou menos.

É o que diz um levantamento divulgado na forma pré-print (carece de revisão de outros cientistas) pela Oxford University Press conduzido na Alemanha.

De acordo com o estudo, a análise, feita a partir de amostras de sangue de 176 pessoas de um centro de longa permanência para idosos, apontou que 31,3% dos indivíduos com mais de 80 anos sequer apresentaram anticorpos neutralizantes do Sars-CoV-2 até 19 dias após a segunda dose. 97,8% dos vacinados  com 60 anos ou menos, tinham esses anticorpos.

Os participantes foram imunizados durante uma campanha de vacinação promovida pela Alemanha, em dezembro de 2020. A primeira amostra de sangue foi coletada entre 17 e 19 dias após a primeira dose da vacina da Pfizer, e a segunda foi coletada 17 dias após o recebimento da segunda dose.

No grupo de vacinados mais jovens, a grande maioria dos indivíduos já apresentava anticorpos IgG específicos contra o Sars-CoV-2 em uma taxa média de 313 anticorpos por ml, após a primeira dose.

Em 2,3% o resultado foi indeterminado e 4,4% estavam com quantidades pequenas de anticorpos. No grupo mais velho, 70% não apresentaram anticorpos IgG acima do limite detectável e 9,4% foram indeterminados.

Após 17 dias desde a segunda dose da vacina, a quantidade de anticorpos IgG nos mais jovens decuplicou e nenhum vacinado com menos de 60 anos apresentou taxa de anticorpos inferior ao limite esperado, enquanto que os idosos, embora tenha ocorrido um aumento na taxa média de IgG, 10,6% não tinham produzido anticorpos acima do limite.

Já era esperado que pessoas de uma certa idade apresentem uma resposta imune mais fraca em comparação aos mais jovens, não só com a vacina contra a Covid-19, mas com outras. 

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