Além de desempenhar uma importante função no corpo da mulher que é a amamentação, as mamas são símbolo da sensualidade feminina e, por isso, têm um papel fundamental  na estética do corpo, na qualidade de vida e na autoestima da mulher.

Por esta razão, muitas  mulheres buscam realizar procedimentos estéticos nas mamas. A mamoplastia de aumento com implante de silicone é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo e, geralmente, são as mulheres mais jovens que procuram pelo procedimento.

De acordo com o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, são muitos os benefícios da cirurgia, incluindo melhora da autoestima, mas não se pode ofuscar os riscos também presentes. Contudo ele explica que  “é preciso maturidade para colocar uma prótese de silicone”, explica.

O especialista diz que dentre as principais dúvidas que a paciente deve esclarecer durante a consulta pré-cirurgia está o tamanho da prótese. “A escolha do volume não deve ser banalizada e deve-se levar em consideração muitas informações como o diâmetro do tórax, o formato das mamas, a elasticidade da pele e o desejo da paciente”, explica.

Volumes exagerados, segundo Fernando, aumentam os riscos de complicação cirúrgica e a insatisfação, que variam desde alterações na pele com estrias, configurações com o posicionamento do implante, dificuldade de cicatrização e a exposição do implante.

Explante 

O cirurgião fala que é a cirurgia de retirada das próteses de silicone, que vem ganhando destaque no dia a dia dos cirurgiões plásticos. Pode ser realizada por questões estéticas ou complicações, casos mais comuns que têm sido mais comumente relatadas pelas pacientes na hora de retirar a prótese. 

A doença do silicone e a síndrome ASIA estão ganhando cada vez mais destaque. A doença do silicone é um termo genérico, que pode englobar as complicações relacionadas ao implante. Porém, muitos a associam apenas com toxicidade do silicone, que extravasa do implante sem ele estar rompido. Essa situação é chamada de bleeding.

“É importante lembrar que é comum formar, ao redor de qualquer material implantado, uma cápsula. No caso dos implantes mamários essa cápsula pode ficar endurecida, com deformidade visível e até causar dor. Apesar de raro, existe um linfoma relacionado ao implante mamário e, nesse caso, a cirurgia para remoção do implante é a indicação. A prótese deve ser retirada em bloco, ou seja, o implante intacto dentro de sua cápsula”, explica Dr. Amato.

O especialista detalha ainda que implantes rompidos podem ter o silicone migrado para os linfonodos da axila, gerando dor, desconforto e até prejudicando a drenagem linfática da mama e dos braços.

Já no caso da síndrome Ásia, o implante de silicone serve como gatilho para desenvolver sintomas semelhantes aos das doenças reumatológicas como dor nas articulações do corpo, cansaço, distúrbios do sono, perda de cabelo, olho e boca secos.

“Para colocar um implante mamário é necessário que o cirurgião seja sincero com a paciente, expondo todos esses riscos, e a paciente precisa ter maturidade para que nessa escolha seja levada em conta os benefícios e os riscos existentes. Por isso, antes da cirurgia, é importante conversar com o médico sobre todas as dúvidas. A confiança entre médico e paciente é fundamental nessa decisão”, orienta Dr. Fernando Amato.

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