As causas e tratamentos da dermatite de contato. Alergia de contato, eczema, dermatite… Os nomes podem ser diversos, mas quem convive com o problema reconhece bem quando a coceira, as lesões avermelhadas e o inchaço local surgem.
Mais comuns do que se imagina, as alergias de pele de caráter crônico podem atingir qualquer pessoa, em qualquer fase da vida, “ou seja, mesmo que a pessoa já tenha utilizado aquele produto várias vezes, há sempre o risco de uma alergia surgir na próxima utilização”, comenta a dermatologista Carla Bortoloto.
O processo alérgico pode ser desencadeado por substâncias presentes em objetos comuns do dia a dia, como produtos de limpeza, borracha (como chinelos), cosméticos, bijuterias e, até mesmo, dinheiro. “Esse ativo, que é o desencadeador do quadro clínico, atinge em um primeiro momento o local em que ocorreu o contato, mas pode se espalhar para outra parte do corpo, como ocorre, por exemplo, com a alergia a esmalte, que acomete também o redor dos olhos, onde a pessoa costuma passar os dedos”.
Como várias substâncias – em um mesmo produto – podem ser as causadoras do processo, cada alergia deve ser investigada de forma individualizada. “O diagnóstico é feito primeiramente pelo exame físico dermatológico. Após determinar a doença, são realizados exames complementares, como a biópsia da área atingida e ainda um teste de contato alérgico bateria padrão, que irá ajudar a identificar o ativo alergênico”.
Descoberta a substância, o tratamento consiste, principalmente, em afastar o agente causal do paciente. Também pode ser indicado o tratamento tópico e sistêmico, com a prescrição de anti-inflamatórios e antialérgicos. “Vale ressaltar, porém, que, se esse processo não for resolvido, pode evoluir para um acometimento sistêmico, atingindo todo corpo e dificultando interpretação médica”.
Dra. Carla Bortoloto é médica especializada em Dermatologia clínica e cirúrgica, tricologista, professora da Pós-Graduação em Dermatologia das Faculdades BWS, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica (SBDCC) e da American Academy of Dermatology (AAD).
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