As dietas restritivas são aquelas que excluem determinados alimentos ou grupos alimentares da dieta com o objetivo de emagrecer rapidamente. Essas dietas podem parecer uma solução fácil para quem quer perder peso, mas a longo prazo, trazem sérios riscos para a saúde.

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo explica que o primeiro risco é a carência de nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo. Quando se restringe a ingestão de alimentos, é possível que o organismo não esteja recebendo todos os nutrientes necessários para manter a saúde em dia. Esse desequilíbrio nutricional pode levar a problemas de saúde, como anemia, fraqueza muscular, queda de cabelo, entre outros.

Outro risco das dietas restritivas é a perda de massa muscular. Ao reduzir drasticamente a ingestão de calorias e nutrientes, o corpo entra em um estado de privação e começa a utilizar as reservas de energia, incluindo a massa muscular. Isso pode levar a perda de força e resistência, além de dificultar a manutenção do peso após a dieta.

“A perda de massa muscular também pode afetar o metabolismo, tornando mais difícil a queima de calorias e o controle de peso. Isso porque o tecido muscular é responsável por um gasto energético maior do que o tecido adiposo, ou seja, quanto menor a massa muscular, menor será o gasto calórico em repouso.” esclarece o médico Dr. Ronan Araujo.

Além dos riscos para a saúde, as dietas restritivas também podem causar transtornos alimentares, como a anorexia nervosa e a bulimia. Esses transtornos podem trazer sérios riscos para a saúde física e mental e precisam de tratamento adequado.

O médico nutrólogo comenta também que essas dietas são difíceis de sustentar a longo prazo e, muitas vezes, após o fim da dieta, o peso volta novamente. Isso ocorre porque as dietas restritivas geralmente envolvem a restrição calórica ou de nutrientes, o que pode levar a uma perda de peso rápida e significativa no curto prazo.

No entanto, essa perda de peso pode ser insustentável, pois muitas vezes as pessoas voltam aos seus hábitos alimentares anteriores, que geralmente são pouco saudáveis e levam a um aumento de peso até maior que no início da dieta, gerando o efeito sanfona, que pode ser muito perigoso.

Uma alternativa mais saudável para quem quer emagrecer é adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas. A alimentação deve ser rica em nutrientes, incluindo carboidratos, proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais, e deve ser adaptada às necessidades individuais de cada pessoa.

Outra alternativa é a reeducação alimentar, que consiste em aprender a fazer escolhas alimentares mais saudáveis e equilibradas, sem restrições ou proibições. A reeducação alimentar leva tempo e dedicação, mas é uma forma mais sustentável e saudável de emagrecer e manter um estilo de vida saudável a longo prazo.

“Você deve ter em mente que não é a quantidade que você come, mas sim a qualidade do alimento. As dietas restritivas não são uma solução saudável ou sustentável para emagrecer. A reeducação alimentar e de estilo de vida podem ser uma forma de aprender a fazer escolhas alimentares mais saudáveis sem restrições ou proibições e o acompanhamento de um profissional qualificado é essencial para te ajudar nesse processo.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

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