Após 14 dias do caso que viralizou no país, o sem-teto concedeu uma entrevista ao Metrópoles nesta quarta-feira (22), e contou o que teria acontecido no dia 9 de março. Ele foi espancado pelo personal trainer Eduardo Alves, após ter sido flagrado tendo relações sexuais com a esposa do profissional.
O educador físico alegou que a companheira estava em surto psicótico e, por essa razão, teria sido vítima de um estupro. As imagens em que ele aparece apanhando foram gravadas por câmeras de segurança de uma casa.
O baiano Givaldo Alves, de 48 anos, disse que a relação com a mulher foi consensual e que, inclusive, foi convidado por ela a entrar no veículo, mesmo após dizer que não “tinha tomado banho”.
“Eu andava pela rua e ouvi um grito: ‘moço, moço’. Olhei para trás e só tinha eu. E ela confirmou comigo dizendo: ‘Quer namorar comigo?’”.
“Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel. Então, ela disse: ‘Pode ser no meu carro’”, iniciou.
Givaldo diz que foi casado, tem uma filha de 28 anos e peregrinou por cidades da Bahia, Tocantins, Minas e Goiás até chegar a Brasília.
Ele rebateu as acusações do personal de que teria cometido estupro. “Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso (estupro). Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso”, disse.
O morador de rua disse que ao ser agredido pelo educador físico, revidou. “Nós trocamos socos”. Ele afirma que só soube que a mulher era casada quando recebia atendimento médico no hospital. Até então, ele achava ter sido vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista em um carro arrastando propositalmente uma mulher na região alguns dias antes. Por essa razão, deduzia que o autor do crime poderia estar se vingando.
Givaldo sofreu um edema no olho e ficou com a costela quebrada. Sem acreditar na notoriedade que ganhou nas redes sociais, o sem-teto comenta a situação: “Não me arrependo”.
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