Quase um ano após ter sido queimada com ácido sulfúrico, a adolescente Lethícia Soares Bezerra, de 15 anos, ainda não conseguiu se recuperar do acidente que aconteceu em abril do ano passado.
De acordo com as informações, a jovem estava indo para o supermercado quando alguns carros passaram por cima de poças que estavam na rua e um líquido espirrou nela. Ela afirma que sentiu que o corpo estava queimando como se estivesse em chamas
Lethícia havia sido atingida por ácido sulfúrico que havia sido descartado irregularmente em um ecoponto. O acidente feriu outras pessoas, inclusive uma bebê de 2 anos.
Ainda segundo as informações, a jovem teve queimaduras de terceiro grau no rosto, couro cabeludo, braços, costas e pernas. Ficou três meses internada no Hospital Leforte, em São Paulo, onde passou por 30 cirurgias. Nesse período, ela teve depressão, tentou se matar três vezes e emagreceu 10 quilos.
Agora, Lethícia está em casa, mas continua fazendo tratamentos dermatológico, psicológico, nutricional, além de fisioterapia. Para voltar à escola, a adolescente espera fazer, se não todas, algumas das 19 cirurgias plásticas que foram recomendadas por seus médicos.
De acordo com laudo médico, mesmo após os procedimentos, Lethícia terá cicatrizes. Ainda assim, as cirurgias plásticas são fundamentais para a reabilitação da adolescente porque reduziriam significativamente as sequelas. Na rede particular, as 19 cirurgias plásticas custariam R$ 190 mil.
A prefeitura de Diadema respondeu ao Metrópoles que na época do acidente o ecoponto foi invadido por moradores da comunidade. Mas que o local foi “revitalizado e integrado à rede oficial de ecopontos municipais”.
“A fiscalização ambiental localizou o fabricante, mas não conseguiu identificar o responsável”, disse a prefeitura em nota. O poder municipal comunicou ainda que mais informações sobre as investigações são de competência da Polícia Civil e do Poder Judiciário.
Com informações do Metrópoles
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